Superbactérias: A Ameaça Silenciosa que Coloca os Idosos em Risco Imediato!
2024-09-22
Autor: Maria
A Ameaça das Superbactérias
A crescente ameaça das superbactérias, que se tornam cada vez mais resistentes aos antibióticos, representa um grande risco para a saúde global. Pesquisadores alertam que, nas próximas décadas, o impacto pode ser devastador, com milhões de mortes em todo o mundo.
Impacto nos Idosos
A previsão mais alarmante é que os idosos, especialmente aqueles com 70 anos ou mais, poderão representar até 65,9% das mortes por resistência antimicrobiana (RAM). De acordo com dados alarmantes, entre 2025 e 2050, espera-se que a resistência a antibióticos resulte em mais de 39 milhões de mortes diretas e esteja associada a 169 milhões de mortes indiretas.
Pesquisas e Dados Relevantes
Esses dados foram recentemente publicados na prestigiada revista The Lancet e resultam de um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, que analisaram informações de 204 países e territórios desde 1990 até 2021.
Análise de Patógenos e Infecções
O estudo avaliou 22 patógenos e 11 tipos de infecções causadas por esses germes, além de 16 categorias de medicamentos, revelando uma preocupação crescente com a resistência bacteriana no mundo atual.
Causas da Resistência Antimicrobiana
O intensivista Eduardo Luchi explica que a resistência antimicrobiana pode ser intrínseca ou adquirida ao longo da vida. "O uso excessivo de antibióticos é um dos principais fatores que contribuem para essa resistência adquirida", afirma Luchi.
Grupos Vulneráveis
Além dos idosos, grupos vulneráveis como crianças prematuras e desnutridas também correm risco. O infectologista Luís Henrique Borges destaca que as crianças, assim como os idosos e pacientes transplantados, têm um maior contato com serviços de saúde, resultando em maior exposição a infecções.
Cifras Alarmantes
As cifras são preocupantes: somente este ano, o Estado registrou 3.588 mortes devido a septicemia, uma infecção grave. No Brasil, até 2023, foram reportadas 178.629 mortes relacionadas a essa condição crítica. Luchi enfatiza que a sepse é uma reação inflamatória desproporcional do corpo a uma infecção, podendo levar à disfunção de múltiplos órgãos.
Fatores de Risco e Complicações
Fatores de risco como a bactéria gram-negativa Pseudomonas aeruginosa estão em alta, e aumentam as complicações associadas a internações hospitalares. Para controlar essa situação, o infectologista sugere evitar cirurgias desnecessárias, alertando para a introdução de materiais estranhos que frequentemente resultam em infecções.
A Bactéria MRSA
Um dado impressionante é que o estudo aponta que a bactéria Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) está entre os principais responsáveis pela crescente mortalidade associada à RAM, e sua resistência aos antibióticos tem aumentado ao longo dos anos.
Esperança e Soluções
No entanto, existe esperança! A pesquisa indica que, com melhorias no tratamento de infecções graves e maior acesso a antibióticos eficazes, poderíamos salvar até 92 milhões de vidas entre 2025 e 2050. Uma prioridade deve ser o desenvolvimento de novos antibióticos, especialmente para combater bactérias gram-negativas, que poderiam prevenir até 11,1 milhões de mortes.
Desinteresse da Indústria Farmacêutica
Uma preocupação urgente é que a indústria farmacêutica mostra desinteresse em investir na produção de novos antibióticos, optando por medicamentos que garantam um uso contínuo. O infectologista Luís Henrique Borges alerta: "Se continuarmos nessa velocidade de produção, em breve os antibióticos existentes não serão mais suficientes e veremos um aumento nas mortes associadas a infecções resistentes".
A Apelo da OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça a necessidade de novos antibióticos para combater as superbactérias, especialmente nas infecções hospitalares. Os números são alarmantes e pedem atenção: em 2021, cerca de 5 milhões de mortes estiveram diretamente ligadas a infecções resistentes.
Mobilização da Sociedade Civil
É fundamental que a sociedade civil se mobilize e que haja uma maior conscientização sobre o uso responsável de antibióticos. Juntos, podemos combater essa crise de saúde pública que ameaça a vida de milhões.