Alerta Mundial sobre Suicídio

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta preocupante nesta terça-feira (2): a cada cem mortes no planeta, uma é resultado de suicídio. Somente em 2021, essa tragédia levou à vida de 727.000 pessoas. Dêbora Kestel, diretora do Departamento de Saúde Mental da OMS, enfatizou a gravidade da situação, ressaltando que o suicídio continua a ser uma das principais causas de morte entre os jovens, afetando indivíduos em diferentes países e contextos socioeconômicos.

Desafios para a Redução das Taxas de Suicídio

Apesar dos esforços globais, os avanços na redução das taxas de suicídio são alarmantemente lentos. A OMS destaca que as metas estabelecidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que visam reduzir esses números em um terço até 2030, estão longe de serem alcançadas. Com a tendência atual, a previsão é de uma diminuição de apenas 12% nos próximos cinco anos.

Realidade das Altas Taxas de Suicídio

A OMS revelou que 73% dos suicídios ocorrem em países de baixa ou média renda, onde a maior parte da população mundial reside. Embora países de alta renda apresentem taxas mais elevadas, a comparação é complexa devido à qualidade dos dados coletados. Segundo a OMS, o suicídio é frequentemente resultado de transtornos mentais, que atingem mais de um bilhão de pessoas, com a ansiedade e a depressão se destacando como as condições mais comuns.

Impactos da Pandemia e Redes Sociais

O cenário se agravou com a pandemia de covid-19, que intensificou os problemas de saúde mental, especialmente entre os jovens, que estão cada vez mais expostos às redes sociais. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS, afirmou que a transformação dos serviços de saúde mental é um dos desafios mais urgentes da saúde pública.

Custos Econômicos dos Transtornos Mentais

Os transtornos mentais têm impacto econômico significativo, com altos gastos em saúde e um custo indireto ainda mais alarmante, que se reflete na perda de produtividade. Estudos indicam que a depressão e a ansiedade sozinhas custam um trilhão de dólares por ano à economia global. A OMS reitera a necessidade urgente de ação para enfrentar essa crise relacionada à saúde mental.