Na mais recente sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros formaram uma maioria clara contra o ex-presidente Jair Bolsonaro em um caso relacionado à propaganda eleitoral. O ministro Cristiano Zanin, que inicialmente votou contra o recurso de Bolsonaro, acabou se declarando impedido, o que significa que seu voto não será considerado. A falta de manifestação do ministro Luiz Fux, que ainda não se posicionou sobre o caso, não deve alterar a contagem, visto que a maioria já se formou contra o recurso apresentado pelo ex-presidente.

As propagandas eleitorais negativas, que impactaram cerca de 4,4 milhões de pessoas e custaram R$ 290 mil, foram exibidas na internet durante quase um mês, de acordo com os dados do processo. Essa prática é ilegal segundo a legislação eleitoral, que proíbe candidatos de financiar conteúdos que contenham informações negativas sobre seus adversários.

Vale lembrar que, além dessa questão sobre propaganda, Bolsonaro se tornou réu em outra ação que investiga uma tentativa de golpe de Estado, tornando-se o primeiro ex-presidente brasileiro a enfrentar tais acusações. A Primeira Turma do STF aceitou a denúncia, que também inclui sete aliados do ex-presidente. A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Bolsonaro e outros 33 indivíduos por diversas crimes, incluindo tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

Bolsonaro nega todas as acusações, afirmando que se trata de uma perseguição política. Com o desenvolvimento desses casos, a situação política no Brasil pode sofrer grandes mudanças, visto que a integridade democrática do país está em jogo. Como isso irá impactar o futuro de Bolsonaro e seus aliados, e quais serão as reações da população? O país observa ansiosamente cada passo deste processo.