Soldados Norte-Coreanos Feridos Morrem na Ucrânia após Combate Intenso
2024-12-28
Autor: Ana
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou que vários soldados norte-coreanos feridos morreram na Ucrânia, após serem capturados durante confrontos. O incidente ocorreu na última sexta-feira (27), e, de acordo com Zelensky, esses soldados não puderam ser salvos devido à gravidade dos ferimentos.
Em seu discurso diário, Zelensky criticou a Rússia por oferecer aos militares da Coreia do Norte uma "proteção mínima" no campo de batalha. Ele expressou sua indignação em relação às ditaduras que enviam jovens soldados para lutar em guerras distantes, afirmando que "estão sacrificando vidas em combates na Europa".
A situação é alarmante: segundo informações de Kiev, cerca de 12 mil soldados norte-coreanos, incluindo cerca de 500 oficiais e três generais, estão atualmente posicionados na província russa de Kursk, onde o Exército ucraniano está realizando uma ofensiva desde agosto. No entanto, até o momento, tanto a Rússia quanto a Coreia do Norte não confirmaram oficialmente a presença dessas tropas no conflito.
Zelensky ainda ressaltou que as baixas entre os soldados do regime de Kim Jong-un são elevadas, e que os militares russos, assim como os supervisores norte-coreanos, parecem desinteressados na sobrevivência desses combatentes. "Eles fazem o possível para dificultar nossas capturas, proporcionando proteção mínima aos norte-coreanos", disse.
Além disso, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, corroborou as afirmações da Coreia do Sul, que estima que aproximadamente 1,5 mil soldados de Pyongyang tenham sido mortos ou feridos apenas na última semana durante os combates em Kursk. Kirby alertou que os comandantes militares da Rússia e da Coreia do Norte estão utilizando essas tropas como "bucha de canhão", ordenando ataques ineficazes contra as defesas ucranianas.
Na manhã de sexta-feira, os serviços de inteligência da Coreia do Sul relataram a morte de um soldado norte-coreano que havia sido capturado no dia 26 de dezembro enquanto lutava ao lado das forças russas, representando o primeiro caso conhecido desde que foram divulgadas informações sobre o envio de tropas de Pyongyang.
A participação de um exército estrangeiro no conflito marca uma escalada significativa na invasão russa, que já dura quase três anos. A situação se torna ainda mais crítica com a possibilidade do retorno de Donald Trump à presidência dos EUA em menos de um mês, aumentando as tensões já existentes na dinâmica geopolítica da região.
Recentemente, a Coreia do Norte também tem sido acusada de enviar milhões de projéteis de artilharia para a Rússia, reforçando ainda mais o apoio estratégico de Pyongyang ao Kremlin neste conflito.