Dois soldados norte-coreanos capturados pelas forças ucranianas revelaram que acreditavam estar indo para um treinamento militar e não para a linha de frente da guerra entre Rússia e Ucrânia. Esta informação foi divulgada pela agência de notícias sul-coreana Yonhap.

De acordo com o Serviço de Segurança da Ucrânia, devido à barreira linguística – os soldados não falam inglês, ucraniano ou russo – um intérprete sul-coreano foi convocado para facilitar a comunicação. Um dos soldados, nascido em 2005, ingressou no Exército em 2021, enquanto o outro, nascido em 1999 e um habilidoso atirador de elite, serve nas forças armadas da Coreia do Norte desde 2016.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que os soldados foram capturados na região de Kursk, onde estão recebendo cuidados médicos adequados. Ele também mencionou que jornalistas terão a oportunidade de entrevistá-los, o que levanta questões sobre o tratamento humanitário em situações de conflito.

Informações adicionais da Yonhap indicam que a Coreia do Norte teria enviado cerca de 11.000 soldados em apoio à Rússia na luta contra a Ucrânia. Tragicamente, estima-se que pelo menos 100 desses soldados tenham perdido a vida, e outros 1.000 estejam feridos, sinalizando o alto custo do envolvimento militar.

Essa situação levanta questões sobre o recrutamento forçado e a realidade dos soldados norte-coreanos, que podem não estar totalmente cientes do que enfrentam em um conflito internacional. A comunidade global observa atentamente a evolução desta situação, considerando as implicações geopolíticas e os direitos humanos envolvidos.