Nação

Servidores do IBGE em Revolta: Protesto Contra 'Autoritarismo' de Pochmann!

2024-09-20

O clima no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) esquentou após o novo presidente, Márcio Pochmann, enfrentar uma onda de críticas de servidores e sindicatos. Desde que assumiu o cargo em agosto de 2023, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Pochmann tem sido acusado de falta de diálogo e de adotar uma postura autoritária em suas decisões.

Protesto anunciado

A Assibge, o sindicato que defende os direitos dos trabalhadores do IBGE, anunciou um protesto marcado para a próxima quinta-feira (26), em frente à sede do instituto no Rio de Janeiro. O ato visa exigir mudanças na conduta de Pochmann e a instauração de um verdadeiro diálogo entre a administração e os servidores, especialmente em relação às várias alterações em andamento na instituição.

Demandas dos servidores

"O ato exigirá que o presidente do IBGE, Márcio Pochmann, altere o comportamento autoritário que tem marcado suas ações recentes e estabeleça um real processo de diálogo com os servidores", afirma a nota do sindicato.

As queixas incluem recentes mudanças no regime de trabalho, a transferência de funcionários para um prédio do Serpro, localizado na zona sul do Rio, e a criação da fundação IBGE+, que gerará grande polêmica entre os trabalhadores. Esta fundação, estabelecida em 12 de julho, foi divulgada de forma superficial, com os servidores apenas sendo informados sobre sua criação em 9 de setembro, sem detalhamentos sobre seu funcionamento e estatuto.

Críticas à criação da IBGE+

A Assibge expressou preocupação com a ausência de discussões internas significativas antes da criação da IBGE+, e questionou a direção sobre os riscos que tal entidade pode acarretar para o instituto. Os servidores chegaram a buscar uma cópia do estatuto da fundação através do Registro Civil de Pessoas Jurídicas, dado que a comunicação oficial foi considerada insatisfatória.

A IBGE+ poderá implementar atividades educacionais e de pesquisa, além de gerenciar um museu do IBGE, mas isso levanta suspeitas entre os trabalhadores sobre a transparência e os verdadeiros objetivos da fundação. Uma carta circulando pelas redes sociais, assinada por 'servidores do IBGE', pede o fim do mandato de Pochmann, afirmando que ele já não é mais aceito como presidente.

Preocupações levantadas

"Os servidos estão alarmados com a fundação IBGE+, que foi criada sem qualquer avaliação real do que isso significa e dos riscos envolvidos. É como se, do nada, tivéssemos uma nova entidade que pode impactar diretamente o trabalho e a segurança do IBGE", critica Wasmália Bivar, ex-presidente do instituto (2011-2016).

Silêncio da administração

Até o momento, a assessoria do IBGE não se manifestou sobre as tantas críticas e insatisfações levantadas pelos trabalhadores. Pochmann, por sua vez, declarou em oportunidades anteriores que sua administração será pautada por processos democráticos e que pretende levar em conta as sugestões dos servidores na elaboração do plano de trabalho do ano.

Tensão crescente

Enquanto isso, a tensão no IBGE só aumenta, e o protesto se aproxima, sendo um sinal claro de que a insatisfação é ampla e crescente. Como essa questão se desdobrará nas próximas semanas? Fique ligado!