Nação

Servidores do IBGE em revolta: carta aberta denuncia gestão Pochmann e levanta preocupações graves

2025-01-21

Autor: Matheus

Um grupo significativo de servidores do IBGE, incluindo membros das diretorias de Pesquisas Econômicas, Geociências e Tecnologia da Informação, redigiu uma carta aberta que expõe preocupações alarmantes sobre a gestão atual liderada por Pochmann. Essa carta, que ganhou apoio considerado, aponta não apenas divergências administrativas, mas questiona seriamente a direção que a instituição tem tomado.

Uma das principais críticas refere-se à criação da Fundação IBGE+, uma iniciativa público-privada que, segundo os servidores, pode comprometer a credibilidade das pesquisas realizadas pelo instituto, que é conhecido por sua imparcialidade e rigor metodológico. “Nossa preocupação central é garantir a qualidade e a confiabilidade dos dados. A criação de uma fundação utilizando o nome do IBGE, sem um debate amplo sobre os riscos à nossa autonomia, é extremamente preocupante”, afirmam os servidores na missiva.

Essa manifestação, considerada por muitos como uma verdadeira declaração de guerra contra a administração, vai além de um mero embate sindical. Na semana passada, os diretores de Pesquisas do IBGE, Elizabeth Hypolito e João Hallak Neto, deixaram seus cargos alegando a falta de diálogo com a presidência do instituto. Em resposta, a gestão divulgou um comunicado negando qualquer crise interna e atacando as críticas feitas pelos servidores, acusando-os de disseminar "desinformação e mentiras".

A carta também revela um apoio mútuo entre os servidores e os diretores afastados, enfatizando que os profissionais da casa não têm o objetivo de atacar a instituição, mas sim de serem ouvidos antes da implementação de decisões controversas, como o fim do regime remoto integral e a constituição da Fundação IBGE+. Essa situação levantou preocupações sobre a autonomia do instituto, especialmente em um momento em que a transparência e a integridade dos dados são mais importantes do que nunca.

Além disso, a manutenção da qualidade das estatísticas e análises do IBGE é crucial, especialmente em tempos de incerteza econômica, onde dados confiáveis são essenciais para formuladores de políticas e cidadãos. Este cenário critica não só a gestão atual, mas também estimula uma reflexão mais profunda sobre o futuro das instituições públicas no Brasil e sua relação com o poder político.