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Salvação para a Intel? EUA Investem US$ 8,9 Bilhões e Se Tornam Acionistas

2025-08-25

Autor: Carolina

Em um movimento inesperado, o governo dos Estados Unidos decidiu injetar impressionantes US$ 8,9 bilhões na Intel, tornando-se assim um dos maiores acionistas da gigante da tecnologia. Essa intervenção do governo visa impulsionar a produção de semicondutores no país, um setor vital em meio à crescente rivalidade com a China.

Um Mercado em Transformação

Recentemente, outras gigantes do setor, como Nvidia e AMD, também concordaram em pagar uma parte significativa de suas receitas na China ao governo dos EUA. Isso é um sinal claro de que Washington está adotando uma abordagem mais agressiva para garantir sua liderança na indústria de tecnologia.

O Que Está em Jogo?

A gestão de Trump tem mostrado uma visão ousada sobre o papel do governo no setor privado. Geoffrey Gertz, pesquisador do Centro para uma Nova Segurança Americana, descreve essa ação como "incomum" e destaca que se trata de uma abordagem pontual, diferente das tentativas anteriores de estimular setores inteiros através de políticas gerais.

A Indústria de Semicondutores: Um campo de batalha estratégico

A importância dos semicondutores não pode ser subestimada. Tanto as administrações Biden quanto Trump colocaram como prioridade aumentar a capacidade dos EUA na produção desses componentes cruciais para tecnologia moderna. O CHIPS Act, introduzido em 2022, almeja aumentar o financiamento e os subsídios para empresas como Intel.

Intel: Entre Desafios e Oportunidades

Apesar de ter potencial, a Intel enfrenta relevantes desafios, principalmente na concorrência com a TSMC em fabricação de semicondutores avançados. Recentemente, suas receitas caíram, mas após o anúncio do investimento governamental, suas ações tiveram um impulso significativo.

Vantagens e Riscos da Intervenção do Governo

Embora o apoio do governo tenha sido elogiado por especialistas como Sujai Shivakumar, que vê a Intel como a única empresa dos EUA capaz de recuperar a liderança na fabricação de chips, surgem preocupações sobre os riscos do chamado "capitalismo de compadrio". Gertz alerta que essa intervenção pode prejudicar a concorrência e a inovação no longo prazo.

Rumo ao Futuro da Tecnologia Americana

Portanto, o governo dos EUA se vê em uma encruzilhada: como equilibrar a proteção e o estímulo à inovação sem sufocar a espontaneidade do mercado. Uma política industrial sensata é essencial para restaurar a confiança dos investidores e garantir que a Intel — e, por extensão, o setor de tecnologia dos EUA — se mantenham competitivos em um cenário global cada vez mais desafiador.