O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma nova regra de reajuste do salário mínimo que promete alterar significativamente o futuro financeiro dos trabalhadores brasileiros até 2030. De acordo com a nova legislação, os aumentos do salário mínimo estarão condicionados ao desempenho das receitas públicas, variando entre 0,6% e 2,5% acima da inflação.

Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.412, e a previsão para 2025 é que este valor seja elevado para R$ 1.518, utilizando-se a taxa máxima de 2,5% para o cálculo do reajuste. Contudo, o decreto final com o valor exato será publicado pelo governo.

Essa limitação no reajuste do salário mínimo faz parte de um conjunto de medidas para cortar gastos da União, onde o controle da inflação é uma prioridade. A correção do salário levará em consideração a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que acumulou, nos últimos 12 meses, uma taxa de 4,84%, e o PIB (Produto Interno Bruto) do ano anterior que, para 2025, foi revisado para uma taxa de crescimento de 3,2%.

A mudança nas regras deve gerar uma economia estimada em R$ 5,2 bilhões para o governo, refletindo uma tentativa de fortalecer a economia em um cenário de incertezas. É importante notar que o novo salário mínimo tem um impacto direto em diversos benefícios sociais, incluindo aposentadorias, pensões, seguro-desemprego, abono salarial (PIS/Pasep) e o Benefício de Prestação Continuada (BPC.)

Confira os últimos reajustes do salário mínimo:

- 2024 – R$ 1.412 (6,97%)

- 2023 – R$ 1.320 (8,91%)

- 2022 – R$ 1.212 (10,04%)

- 2021 – R$ 1.100 (5,2%)

- 2020 – R$ 1.045 (4,7%)

- 2019 – R$ 998 (4,6%)

- 2018 – R$ 954 (1,8%)

- 2017 – R$ 937 (6,48%)

- 2016 – R$ 880 (11,6%)