Rússia Lança Ofensiva Surpreendente na Fronteira com a Ucrânia: O Que Está em Jogo?
2024-11-11
Autor: Matheus
A Rússia intensificou suas operações militares na fronteira com a Ucrânia, focando na importante região de Kursk, conforme relatado por Oleksandr Syrskyi, chefe do exército ucraniano, nesta segunda-feira (11 de novembro de 2024).
A movimentação visa não apenas deslocar as forças ucranianas, mas também recuperar territórios considerados estratégicos. Paralelamente, uma outra ofensiva está em andamento no leste da Ucrânia, o que torna a situação ainda mais caótica e incerta. As informações são da agência Reuters.
O movimento militar russo acontece pouco após o jornal norte-americano New York Times revelar a mobilização de 50.000 soldados russos, incluindo um contingente de militares da Coreia do Norte, com a intenção de realizar um ataque massivo na região, o que levanta preocupações internacionais. A OTAN já havia confirmado em outubro a presença de soldados norte-coreanos no conflito, embora a Rússia não tenha comentado oficialmente sobre este envolvimento.
Além disso, na última reunião que aconteceu em Moscou, os ministros das Relações Exteriores da Coreia do Norte e da Rússia, Choe Son Hui e Sergei Lavrov, respectivamente, reforçaram sua cooperação e compromisso com acordos anteriores que estabelecem um fornecimento de assistência militar mútua, o que destaca a crescente aliança entre os dois países.
A incursão ucraniana em Kursk, que ocorreu em agosto de 2022, representa um marco importante, pois foi uma resposta direta à invasão russa iniciada seis meses antes. Desde então, a situação se deteriorou, com a Rússia avançando, ainda que lentamente, na região de Donbass, capturando várias vilarejos.
O presidente Vladimir Putin não esconde sua intenção de retaliar a Ucrânia pela incursão em Kursk e já prometeu contramedidas a Kiev, intensificando a tensão. A cidade, que já foi contralada pela Ucrânia, abrigava uma população de cerca de 121.000 pessoas, das quais muitas foram evacuadas devido aos conflitos.
À medida que a situação se desenrola, observadores internacionais mostram-se cada vez mais preocupados com um possível alastramento do conflito, o que poderia afetar não apenas a Ucrânia e a Rússia, mas também os países vizinhos e a segurança na Europa como um todo. A comunidade global aguarda ansiosamente as próximas movimentações de ambos os lados nesta que já é uma das crises mais prolongadas da história recente.