No electrizante evento Rock the Mountain, Pabllo Vittar traz um novo significado às suas raízes musicais, unindo retro e moderno. Seu último álbum é uma bolsa de Pandora de sons, desta vez ressuscitando clássicos dos anos 2000. A canção "Não Desligue o Telefone", um sucesso da banda baiana de tecnobrega Djavú, ganha uma nova roupagem vibrante, agitando a audiência com suas batidas contagiantes. Outro destaque é "Ultra Som", da banda paraense Ravelly, que se transforma em um verdadeiro rock pesado durante a apresentação de Pabllo.

Uma das surpresas do setlist é a versão forró de "Pede pra eu Ficar", um hit da icônica banda sueca Roxette, que se transforma em um convite à dança sob o calor tropical do Brasil, mantendo o espírito épico da versão original.

Além de músicas do novo álbum, Pabllo não esquece dos seus clássicos, como "Amor de Que" e seu mais recente sucesso "Alibi", uma colaboração com a talentosa cantora iraniana Sevdaliza. Essa diversidade em seu repertório mostra o domínio de Pabllo sobre diferentes estilos e a riqueza cultural que traz para o palco.

Entretanto, mesmo com a energia contagiante das músicas, as letras carregam um peso emocional, tratando de temas como decepção e saudade, como evidenciado em "Triste com T", uma das faixas mais impactantes do show. As letras refletem um desabafo coletivo, onde milhares de pessoas cantam sobre suas frustrações amorosas com os braços levantados, criando uma verdadeira catarse no público.

Pabllo Vittar se destaca não apenas pela potência vocal, mas também pela energia que emana do palco. Seu controle sobre a dança e performance é impressionante, acompanhada por um time de dançarinos que traz criações coreográficas inovadoras. O resultado é um espetáculo visual e sonoro que cativa e emociona, tornando-se um marco nessa edição do Rock the Mountain, onde música e sentimento se encontram em perfeita harmonia.