Governo do Estado Ataca o Uso de Drones por Criminosos

O governo do Rio de Janeiro decidiu dar um passo importante no combate à crescente utilização de drones por criminosos. Em um estudo técnico preliminar, foram destacadas as justificativas para a aquisição de novos equipamentos, entre elas a monitorização das ações policiais em tempo real por parte das facções criminosas.

Esses drones não são apenas olhos nas operações; eles estão sendo usados para transportar armas, drogas e até celulares para dentro de presídios. A preocupação das autoridades é crescente: existe o risco real de que esses dispositivos possam ser utilizados para lançar artefatos explosivos contra os Agentes de Segurança Pública, expondo-os a perigos ainda maiores.

Demonstrações Práticas da Ameaça

No mês passado, um incidente alarmante ocorreu quando um drone pilotado por membros do Comando Vermelho filmou um comboio de criminosos armados passando ao lado de uma viatura da Polícia Militar na comunidade do Catiri, na Zona Oeste do Rio. Isso mostra claramente o quanto as facções estão se modernizando e utilizando tecnologia para burlar a segurança.

Aprendizados de Eventos Internacionais

O governo citou ainda um exemplo do G20, onde drones não autorizados foram avistados em áreas restritas, mesmo com medidas de segurança implementadas. Esses drones foram neutralizados por sistemas de C-UAS, que detectaram a presença e impediram suas operações.

"Caso esses sistemas não estivessem em funcionamento, o resultado poderia ser devastador, com drones sendo usados para espionagem ou até ataques coordenados", alertou o documento.

A Aquisição dos Equipamentos

Hoje, o pregão eletrônico para a compra dos equipamentos está em andamento, com a previsão de que todo o processo seja concluído até o fim do ano. O governo planeja adquirir 40 bloqueadores com alcance de 1 km e outros 40 com alcance de 2 km. Desses, quatro serão destinados à SEAP, seis ao GSI, 34 à Polícia Militar e 36 à Polícia Civil.

Tecnologia que Transforma a Segurança

Esses bloqueadores têm a capacidade de neutralizar os drones em pleno voo, cortando imediatamente o sinal de rádio. Uma vez que o sinal é interrompido, o equipamento pode fazer com que o drone pare, pouse ou retorne ao ponto de decolagem. Durante esse processo, a capacidade do drone de gravar ou transmitir áudio e imagem é completamente desativada, aumentando assim a segurança das operações policiais.

Com essas novas medidas, o governo espera ter um controle mais efetivo sobre as ações que ameaçam a segurança pública, afastando os riscos apresentados por esses veículos aéreos não tripulados nas mãos de criminosos.