
Revolução no Tratamento do Alzheimer: Novo Medicamento Chega ao Brasil!
2025-09-01
Autor: Lucas
Kisunla: A Nova Esperança Contra o Alzheimer Inicial
Uma emocionante novidade está chegando ao Brasil: o Kisunla (donanemabe), um medicamento inovador destinado a pacientes com Alzheimer em estágio inicial, começa a ser disponibilizado em algumas clínicas e hospitais particulares. Este é um marco significativo, já que não há previsão de inclusão no Sistema Único de Saúde (SUS).
O Que É e Como Funciona?
Aprovado em abril pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Kisunla é um anticorpo monoclonal desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly. Ele atua na redução das placas beta-amiloide no cérebro, oferecendo uma nova forma de retardar a progressão da doença. Embora não trate diretamente sintomas como perda de memória e desorientação, pode alterar o curso da doença a longo prazo.
Resultados Promissores dos Estudos
Investimentos bilionários de US$ 8 bilhões (aproximadamente R$ 43,5 bilhões) foram feitos para trazer este medicamento ao mercado. Em estudos realizados em oito países, com mais de 1.700 pacientes, resultados promissores mostraram que aqueles que tomaram doses de 700 mg e 1.400 mg a cada quatro semanas apresentaram menos progressão da doença em comparação ao grupo que recebeu placebo. A pesquisa indicou que o tratamento pode retardar o declínio clínico em até 35% e reduzir o risco de progressão da doença em até 39%. Mais impressionante ainda, 76% dos pacientes apresentaram uma redução nas placas amiloides após 18 meses de tratamento.
Preços e Disponibilidade no Brasil
O Kisunla será comercializado em embalagens de ampola com doses de 20 mililitros, sob prescrição médica, e terá um preço máximo estipulado de R$ 5.495,76. Porém, clínicas podem cobrar valores adicionais por serviços relacionados. Por exemplo, na rede Dasa, em unidades do Alta Diagnóstico, o custo pode chegar a R$ 8.000, englobando a medicação, acompanhamento de neurologista, materiais e demais cuidados.
Mudanças na Abordagem do Alzheimer
“Estamos vivendo um momento histórico. Foram quase 20 anos sem novos medicamentos para o Alzheimer, e a aprovação de Kisunla causa otimismo no tratamento dessa doença”, comenta Raphael Spera, neurologista do Hospital Sírio-Libanês.
Efeitos Colaterais e Recomendações Médicas
Como todo tratamento, o Kisunla pode apresentar efeitos colaterais, como mal-estar, tremores e calafrios. Contudo, a maioria é leve e temporária. Porém, as ARIA (Alterações Relacionadas à Imagem da Amiloide), são uma preocupação. Essas alterações podem incluir edemas e hemorragias no cérebro, geralmente assintomáticas, exigindo monitoramento rigoroso pelo médico. Pacientes com o gene da apolipoproteína E 4 (ApoE 4) devem ter cuidado redobrado, pois estão em maior risco.
Um Olhar para o Futuro
Com o Kisunla, pacientes diagnosticados em estágio inicial do Alzheimer podem encontrar uma nova luz no tratamento, trazendo esperança para um futuro mais saudável. Enquanto o Brasil se prepara para esta revolução no cuidado com a saúde mental, é crucial que os pacientes e médicos mantenham uma comunicação aberta sobre os riscos e benefícios do tratamento.