Saúde

Revolução nas Farmácias: Primeiro Eletrocardiograma Doméstico Agora Disponível!

2024-09-30

O eletrocardiograma (ECG) é um exame fundamental para a avaliação da saúde cardiovascular, permitindo identificar diversas anormalidades cardíacas. Com a crescente preocupação com doenças cardíacas, os cardiologistas muitas vezes solicitam esse exame para monitorar condições como arritmias, além de verificar a eficácia de medicamentos e dispositivos como marca-passos.

Em uma grande novidade para os pacientes brasileiros, o primeiro eletrocardiograma doméstico, conhecido como 'Complete', acaba de ser lançado nas farmácias do país. Desenvolvido pela renomada multinacional japonesa Omron Healthcare, o equipamento foi apresentado em congressos de cardiologia tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil neste ano e promete ser um aliado importante na prevenção de infartos e arritmias.

O Complete realiza o eletrocardiograma e mede a pressão arterial simultaneamente, possuindo um design intuitivo que possibilita o uso por qualquer pessoa, mesmo sem formação médica. Os resultados do exame são enviados diretamente ao médico em apenas 30 segundos, bastando para isso que o usuário baixe um aplicativo específico.

O preço do dispositivo varia em torno de R$ 1.500 e já pode ser encontrado em drogarias como Pague Menos, Sinete, Extrafarma, São Paulo e Pacheco.

A criação do aparelho foi inspirada por uma diretriz da Sociedade Europeia de Cardiologia, que em 2021 recomendou a realização diária de eletrocardiogramas para pacientes acima de 65 anos, especialmente aqueles com fatores de risco como hipertensão.

No Brasil, a fibrilação atrial, uma das condições que podem ser monitoradas com o ECG, afeta mais de 5 milhões de pessoas. Essa condição, caracterizada por uma frequência cardíaca irregular, eleva significativamente o risco de AVC (Acidente Vascular Cerebral) em indivíduos que não são diagnosticados. Quando a fibrilação atrial se torna sintomática, a arritmia é uma das principais manifestações.

Vale destacar que 14% a 22% dos casos de fibrilação atrial estão associados à hipertensão, e essa condição muitas vezes não diagnosticada é três vezes mais prevalente entre pessoas hipertensas. Estudos revelam que aqueles com mais de 65 anos e hipertensão possuem três vezes mais chances de desenvolver fibrilação atrial em comparação a indivíduos com pressão arterial normal. Para completar, pacientes nessa situação têm cinco vezes mais chances de sofrer um AVC.

Agora, com o eletrocardiograma doméstico, muitos brasileiros poderão monitorar sua saúde cardiovascular com mais facilidade e autonomia, o que pode ser crucial para a detecção precoce de condições graves e uma melhor qualidade de vida.