
Revolução na Saúde: O que é o DNA-HPV, exame que substituirá o Papanicolau no SUS?
2025-03-31
Autor: Ana
Introdução
Uma mudança significativa está prestes a acontecer na saúde pública brasileira! O teste citopatológico tradicionalmente usado para detectar o HPV, conhecido como Papanicolau, será substituído pelo exame molecular de DNA-HPV no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa atualização trará um impacto profundo no rastreamento do câncer de colo do útero, com um tempo de intervalo entre as coletas estendendo-se de um ano para cinco anos, caso o vírus não seja detectado.
Faixa etária e eficácia do novo exame
A faixa etária para a realização do exame de rastreio segue a mesma, abrangendo mulheres entre 25 e 49 anos. De acordo com Itamar Bento, um respeitado pesquisador da Divisão de Detecção Precoce do Instituto Nacional do Câncer (Inca), “a pessoa realiza o teste de DNA-HPV e, se não houver detecção, o próximo exame será em cinco anos. No caso de identificação de tipos oncogênicos, como o HPV 16 e 18, que representam 70% das lesões precursoras de câncer, a paciente será encaminhada imediatamente para colposcopia.” Esta nova abordagem tem o potencial de aumentar a eficácia do diagnóstico e o tratamento precoce do câncer.
Investimentos e benefícios a longo prazo
Entretanto, a substituição do Papanicolau exigirá um investimento substancial por parte do governo. Embora os custos iniciais sejam altos, Bento afirma que esta mudança deverá reduzir os gastos com internações e tratamentos relacionados ao câncer do colo do útero a longo prazo. Este benefício faz parte de uma estratégia mais ampla de saúde preventiva.
Reconhecimento internacional e impacto social
O exame de DNA-HPV já é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o teste primário para diagnóstico do HPV desde 2021. A implementação desta nova diretriz pelo SUS é um passo importante na luta contra o câncer cervical.
Cenário do câncer cervical no Brasil
É importante lembrar que o papilomavírus humano (HPV) é responsável por mais de 99% dos casos de câncer de colo do útero, que se posiciona como o terceiro câncer mais comum entre mulheres no Brasil, com aproximadamente 17 mil novos casos anualmente.
Perspectivas futuras
Com um aumento nas taxas de vacinação e nas campanhas de testagem, especialistas acreditam que podemos vislumbrar a erradicação da doença em até 20 anos. Essa é uma oportunidade ímpar para melhorar a saúde das mulheres brasileiras e, com investimentos adequados, o futuro parece mais promissor. Não deixe de se informar e cuidar da sua saúde!