Tecnologia

Revolução na Arqueologia: IA Descobre Mais de 300 Geoglifos no Deserto de Nazca

2024-09-24

Uma incrível pesquisa científica japonesa, impulsionada por Inteligência Artificial (IA), revelou a existência de 303 novos geoglifos no deserto peruano de Nazca, local famoso por suas enigmáticas linhas traçadas há mais de 2.000 anos. Esses novos achados quase dobram o número total de geoglifos já conhecidos, surpreendendo arqueólogos e entusiastas da história.

O arqueólogo Masato Sakai, da Universidade de Yamagata, compartilhou essas descobertas fantásticas durante uma coletiva de imprensa na embaixada do Japão em Lima. "O uso da IA na pesquisa nos permitiu mapear a distribuição dos geoglifos de uma maneira mais rápida e precisa", afirmou Sakai, destacando a importância da tecnologia na modernização das técnicas arqueológicas.

Essa descoberta é resultado de uma colaboração entre o Instituto Nazca da Universidade de Yamagata e a IBM Research. Sakai esclareceu que o método tradicional de identificação, que dependia de análises visuais de imagens de alta resolução, era moroso e sujeito a erros que podiam deixar alguns geoglifos de fora das pesquisas.

O estudo foi bem recebido pela comunidade científica e publicado na renomada revista PNAS, da National Academy of Sciences dos Estados Unidos. Isso não apenas valida a pesquisa, mas também acentua a relevância do uso da IA na descoberta e preservação de patrimônios arqueológicos.

A pesquisa acelerada por IA foi fundamental para identificar os 303 novos geoglifos em um período recorde de apenas seis meses de trabalho de campo. Entre os novos geoglifos, há formas geométricas e figuras de animais, que ampliam o entendimento do povo Nazca, conhecidos por suas habilidades artísticas e por sua ligação com rituais religiosos.

Essa incrível descoberta não só enriquece nosso conhecimento sobre a cultura Nazca, mas também levanta novas questões sobre a finalidade dessas geoglifos. Poderiam eles ter sido traçados para comunicação com deuses, para observações astronômicas ou talvez simplesmente como uma forma de expressão artística? A resposta ainda permanece um mistério.

A integração da inteligência artificial na arqueologia poderá facilitar a pesquisa em outros sítios arqueológicos ao redor do mundo, prometendo uma era de descobertas que mudará nossa compreensão da história humana.