O setor energético global está passando por uma transformação sem precedentes, influenciada pela crescente demanda por fontes renováveis, inovações tecnológicas e a necessidade urgente de sustentabilidade ambiental. Esta transformação promete moldar não apenas o presente, mas também o futuro da energia até 2025.

Com a adoção acelerada de fontes de energia renovável, como solar e eólica, o armazenamento de energia se tornou um fator-chave na modernização da matriz energética. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até o final de 2024, 1,2 milhão de sistemas solares deverão estar conectados à rede elétrica brasileira, somando impressionantes 4,5 GW. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que, até 2028, a capacidade instalada de sistemas descentralizados pode atingir 15 GW.

Além disso, as tecnologias digitais, como a Internet das Coisas e a Inteligência Artificial, estão revolucionando a gestão do setor elétrico, permitindo uma interação mais eficaz com os consumidores. A descentralização da geração de energia, com a instalação de painéis solares em residências, não só promove maior autonomia, mas também aumenta a resiliência do sistema energético.

Um dos pontos críticos para o setor no Brasil é a adaptação às mudanças climáticas. Nos últimos anos, eventos climáticos extremos, incluindo a seca severa em 2024, impactaram a disponibilidade de recursos hídricos, essenciais para a geração de energia hidrelétrica, que ainda responde por uma grande parte da matriz energética nacional. Não obstante, a diversificação para fontes eólicas e térmicas a gás tem garantido a estabilidade do suprimento energético.

Os avanços em 2024 incluem: - **Liberação do Mercado Livre**: A partir de janeiro de 2024, todos os consumidores de média e alta tensão podem escolher seus fornecedores de energia, propiciando uma competição saudável. - **Aumento na migração para o Ambiente de Contratação Livre**: Entre janeiro e outubro de 2024, cerca de 20.973 unidades consumidoras migraram para este ambiente, um aumento impressionante em relação ao ano anterior, com pequenos negócios representando 77% dessa mudança. - **Promoção de Combustíveis Sustentáveis**: A nova Lei do Combustível do Futuro estabelece um programa para a produção de combustíveis como diesel verde, biometano e combustíveis sustentáveis para a aviação. - **Hidrogênio Verde**: A aprovação do Marco Legal do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono incentiva a produção e uso deste recurso, crucial para a transição energética. - **Regulamentação do Mercado de Carbono**: Criado um sistema de comércio de emissões, permitindo que setores da economia negociem cotas de emissões, promovendo uma economia de baixo carbono.

Em 2025, espera-se que o cronograma de abertura do mercado se expanda para incluir consumidores industriais e residenciais de baixa tensão. Com a crescente autonomia no setor, o Cristianismo Verde pode encontrar espaço no debate energético national.

A interconexão entre as fontes de energia e as inovações como sistemas de armazenamento, incluindo baterias de íon-lítio, estão previstas para serem uma solução viável para os desafios operacionais do sistema elétrico, especialmente durante os horários de pico.

Embora o Brasil tenha feito progressos significativos, ainda enfrenta desafios, como o custo elevado da energia, resultante de subsídios que não são mais justificáveis. Em 2024, esses subsídios alcançaram R$ 38,5 bilhões, o que representa cerca de 14% da tarifa de eletricidade.

No âmago desta revolução energética, está a Indústria 4.0, que está criando uma demanda global crescente por energia. O Brasil, com suas vastas reservas de energia renovável, está posicionado para se tornar um centro atrativo para investimentos que buscam eficiência energética, menores emissões e confiabilidade no suprimento.

À frente, 2025 promete ser um ano decisivo para a consolidação de práticas sustentáveis e para a solidificação do Brasil como um líder em inovação no setor energético.