Os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, da NASA, compartilharam suas experiências impactantes após retornar à Terra na última quinzena, depois de uma estadia de impressionantes nove meses na Estação Espacial Internacional (ISS). Durante uma coletiva de imprensa realizada em 31 de março, eles admitiram que se sentem parcialmente responsáveis pelos contratempos que transformaram sua missão em uma verdadeira maratona.

Wilmore e Williams, que retornaram em 18 de março a bordo de uma espaçonave da SpaceX, revelaram que foram surpreendidos pelo grande interesse do público em sua situação. “Estávamos apenas fazendo nosso trabalho, priorizando nossa missão e fazendo sacrifícios pessoais”, disseram os astronautas.

De acordo com informações atualizadas, a extensão da missão foi provocada por um problema técnico na cápsula Starliner, da Boeing, que os levou ao espaço. Originalmente, eles teriam de voltar muito antes, mas enfrentaram dificuldades quando os propulsores falharam e houve um vazamento de hélio, forçando os engenheiros a encontrar uma solução.

A NASA, ao avaliar os riscos, decidiu que o Starliner era muito perigoso para um retorno seguro e transferiu os astronautas para a SpaceX. No entanto, a substituição da missão da Boeing foi adiada, prolongando a estadia na ISS. O drama ganhou contornos políticos, com o ex-presidente Donald Trump pressionando Elon Musk da SpaceX para acelerar o processo. Finalmente, em um retorno triunfante, a SpaceX conseguiu trazer Wilmore e Williams de volta em segurança.

Além disso, a NASA ainda investiga a falha no Starliner e está realizando testes adicionais. Wilmore comentou: “Se conseguirmos entender os problemas dos propulsores e do vazamento, o Starliner estará pronto para futuras missões.”

A agência espacial está considerando a possibilidade de um novo voo de teste com carga antes de permitir que astronautas voltem a embarcar, o que poderia ocorrer até o final deste ano. Apesar dos desafios, autoridades da NASA reforçam a importância de manter parcerias com empresas privadas para a exploração espacial, ressaltando que a ISS está programada para ser desativada em cinco anos, dando espaço para novas iniciativas no espaço.

Os desafios que enfrentaram colocam em evidência a importância da colaboração entre agências e empresas no desenvolvimento tecnológico e na realização de missões cada vez mais seguras e eficazes no espaço.