Saúde

Ressaca Fatal: Por que o Álcool Afeta Mais Após os 50? Médicos Revelam!

2025-09-02

Autor: Julia

A Verdade Sobre o Envelhecimento e o Álcool

Se passar dos 50 anos tem sido sinônimo de ressacas insuportáveis, você não está sozinho! Especialistas afirmam que a tolerância ao álcool diminui à medida que envelhecemos, tornando os efeitos da bebida muito mais intensos, tanto para homens quanto para mulheres.

Mudanças Fisiológicas e os Perigos do Álcool

Conforme envelhecemos, nosso corpo muda, e isso afeta diretamente como lidamos com substâncias como o álcool. A médica geriatra Polianna Souza explica que essa mudança não é apenas uma impressão; é um fenômeno fisiológico bem documentado. O corpo se torna menos eficiente na metabolização do álcool, e essas mudanças têm implicações sérias para a saúde.

A hepatologista Cristiane Villela Nogueira, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, alerta que as interações com medicamentos, que muitas pessoas começam a usar nessa fase da vida, também podem piorar a situação. Com a idade, é comum que pessoas comecem a tomar remédios para dor, sono e outras condições, o que pode intensificar os efeitos do álcool.

Os Efeitos no Cérebro e a Coordenação Motora

O cérebro de pessoas mais velhas se torna mais sensível ao álcool, resultando em problemas de memória e coordenação, que aumentam o risco de quedas e acidentes. A chef Rita Lobo comentou em um podcast que, após os 50, sua relação com o álcool mudou drasticamente. Antes, ela tomava vinho três vezes por semana; agora, limita-se a uma taça nos fins de semana, pois, passar disso resulta em dois dias de sofrimento.

A Química do Álcool e o Envelhecimento

As alterações no corpo, como a perda de massa muscular e o aumento da gordura, fazem as pessoas mais suscetíveis aos efeitos do álcool. O álcool, sendo hidrossolúvel, se distribui na água do corpo. Com menos músculos e mais gordura, a concentração de álcool no sangue aumenta, causando intoxicação mais rápida mesmo com as mesmas quantidades ingeridas.

Além disso, o fígado, responsável pela metabolização do álcool, perde eficiência com a idade, prolongando os efeitos da ressaca e aumentando o risco de lesões hepáticas.

Saúde em Risco: O Álcool e as Doenças Comuns

O álcool não só afeta o cérebro, mas também agrava problemas de saúde pré-existentes como hipertensão, úlceras e doenças cardíacas. De acordo com Nogueira, o álcool pode complicar ainda mais condições como diabetes e osteoporose.

Mulheres em Alerta: A Sensibilidade ao Álcool

As mulheres são particularmente afetadas, pois, em geral, possuem menos massa muscular do que os homens, resultando em menor volume de água no corpo. Isso aumenta a concentração de álcool no sangue e a metabolização do álcool se torna mais lenta.

Moderação é Vital: Recomendações da OMS

Com as evidências apontando que não há uma dose segura de álcool para a saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo zero. Se a bebida for inevitável, que seja com moderação! As diretrizes sugerem que mulheres não excedam uma dose padrão por dia, enquanto homens não devem ultrapassar duas.

Dicas para Reduzir os Efeitos do Álcool

É recomendado sempre acompanhar a ingestão de álcool com comida e água, o que pode diminuir a velocidade da absorção. Misturar bebidas alcoólicas com medicamentos é um grande risco, pois isso pode levar a intoxicações mais sérias.

Para aqueles que pensam que podem compensar nos fins de semana, a resposta é um 'não' definitivo. Uma única noite de bebedeira após os 50 pode aumentar o risco de problemas sérios como infarto e insuficiência cardíaca, especialmente para quem já tem condições pré-existentes.

Consequências a Longo Prazo

Portanto, a cada taça, lembre-se dos riscos e tenha em mente que a saúde deve ser sempre a prioridade. Olhe com cuidado para suas escolhas: a cada bebida, sua saúde pode estar em jogo!