Republicanos fazem história e entregam controle total do Congresso a Trump!
2024-11-13
Autor: João
Oito dias após as recentes eleições, o Partido Republicano atingiu a marca significativa de 218 assentos na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, um número que garante a maioria simples entre os 435 deputados. Com os democratas totalizando 208 cadeiras e 9 ainda em disputa, essa vitória mostra a força do partido nas urnas.
O controle da Câmara, aliado à recente conquista do Senado, que anteriormente era dominado pelos democratas, e a influência conservadora na Suprema Corte, representa um marco importante na trajetória política de Donald Trump. O ex-presidente, que assumirá o cargo novamente em janeiro de 2025, poderá implementar suas promessas de campanha sem encontrar grandes barreiras.
Este controle legislativo permitirá que Trump mantenha uma agenda agressiva, incluindo políticas de imigração rígidas, possíveis aumentos de tarifas, e mais controvérsias relacionadas a direitos civis. Os próximos dois anos, até as eleições de meio de mandato previstas para o fim de 2026, são cruciais para a consolidação de suas políticas.
Historicamente, presidentes dos EUA, como Joe Biden, Barack Obama e George W. Bush, também tiveram momentos em que detiveram o controle de ambas as casas do Congresso. Curiosamente, Trump já experimentou essa vantagem no início de sua presidência, mas a perdeu em 2018.
A participação expressiva do eleitorado em favor dos republicanos foi vital para a manutenção do controle da Câmara, com destaque para importantes vitórias em estados chave como Ohio e Virgínia Ocidental.
A presença de Trump na Casa Branca significa que sua influência entre os congressistas será significativamente amplificada, especialmente após anos fora do poder, onde sua capacidade de agir era limitada. Sua força dentro do Partido Republicano é indiscutível, refletida na destituição do republicano Kevin McCarthy da presidência da Câmara, acusando-o de ser morno em seu apoio ao ex-presidente.
Além das implicações diretas no Legislativo, a atual composição da Suprema Corte, com uma maioria conservadora de 6 dos 9 juízes, pode moldar decisões que afetarão a sociedade americana por muitas décadas. Trump teve o poder de indicar três dos juízes atuais, e a eventual aposentadoria de outros dois poderia permitir-lhe renovar essa sigla.
De qualquer forma, o Partido Democrata agora se depara com um cenário desafiador, onde sua principal arma contra a dominação republicana será a técnica obstrutiva conhecida como filibuster. No Senado, isso permite que um congresista fale indefinidamente, complicando a aprovação de projetos de lei a menos que haja um super apoio bipartidário. Essa prática é muitas vezes criticada como um entrave à eficiência legislativa, com números de leis aprovadas em declínio constante.
Os lutadores da resistência democrática enfrentam um forte embate, enquanto os republicanos se preparam para implementar suas agendas. A batalha pela direção política dos EUA promete ser intensa, com um foco ainda maior nas eleições futuras. Como será o confronto ideológico que aguarda o país nos próximos anos?