Raízen (RAIZ4) Enfrenta Desafios e Registra Prejuízo no Segundo Trimestre da Safra 2025
2024-11-12
Autor: Julia
Resultados financeiros preocupantes
A Raízen (RAIZ4) anunciou seus resultados financeiros do segundo trimestre da safra 2024/25, mostrando um preocupante prejuízo líquido de R$ 158,3 milhões. Essa marca representa uma queda drástica em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando a empresa havia obtido um lucro de R$ 28,4 milhões. Nos números ajustados, o prejuízo foi ainda mais alarmante: R$ 96,7 milhões, revertendo um lucro significativo de R$ 181,3 milhões.
Desafios enfrentados
Os resultados negativos foram amplamente atribuídos a desafios na estrutura de capital e alavancagem da companhia. Fatores como a monetização de créditos tributários, que totalizou R$ 1,3 bilhão, e a sazonalidade presente nos negócios da empresa impactaram diretamente nos resultados financeiros.
Ebitda e desempenho financeiro
O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 4,619 bilhões sem ajustes, indicando um crescimento de 6,4% em relação ao segundo trimestre do ano anterior. Contudo, o Ebitda ajustado caiu para R$ 3,662 bilhões, uma redução de 1,7%, refletindo as dificuldades relacionadas a variações cambiais e políticas de hedge accounting em segmentos operacionais variados.
Resultados financeiros negativos
O cenário não melhorou ainda mais, pois a Raízen registrou um resultado financeiro negativo de R$ 1,685 bilhão, uma leve melhora de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Esse desempenho foi impactado por despesas financeiras líquidas e as notórias variações cambiais enfrentadas pela empresa.
Crescimento da receita e aumento de despesas
Em relação ao balanço, a receita líquida no segundo trimestre somou R$ 72,9 bilhões, um crescimento robusto de 22,6% frente ao ano passado. Esse aumento é atribuído especialmente ao incremento das vendas nos setores de açúcar e produtos renováveis, que apresentaram desempenhos exemplares.
Custos e dívida elevada
As despesas operacionais totalizaram R$ 2,590 bilhões, marcando uma queda de 4,3% comparado com o mesmo período do ano anterior. Entretanto, os custos dos produtos vendidos se elevaram para R$ 68,537 bilhões, um aumento substancial de 24,9%. A dívida líquida da Raízen foi de R$ 35,921 bilhões, apresentando uma alta de 19,5% em relação ao período anterior.
Alavancagem e investimentos
A alavancagem da empresa, medida pela relação “Dívida Líquida / Ebitda LTM Ajustado”, subiu para 2,6x, comparado a 1,9x no ano passado, e isso levanta preocupações sobre a saúde financeira da companhia em meio ao ambiente desafiador. Durante o segundo trimestre, a Raízen fez investimentos significativos que totalizaram R$ 2,382 bilhões, um aumento de 4%.
Perspectivas futuras
Diante desse quadro desafiador, analistas do mercado estão monitorando de perto as estratégias que a Raízen adotará para reverter esse cenário desfavorável e se recuperar no próximo trimestre.