Rafael Bittencourt, do Angra, revela laudo polêmico sobre plágio da música de Adele
2025-01-20
Autor: Gabriel
Rafael Bittencourt, renomado cantor, compositor e guitarrista da icônica banda de rock brasileira Angra, entregará nesta segunda-feira (20) um laudo que pode causar grande repercussão na indústria musical. O documento alega que a artista britânica Adele plagiou o sambista Toninho Geraes ao lançar, há nove anos, a canção "Million Years Ago", contida no álbum "25".
O laudo foi encomendado pela advogada Deborah Sztanjberg, que representa Geraes em um processo iniciado em fevereiro do ano passado. A ação legal acusa não apenas Adele, mas também o compositor americano Greg Kurstin, de plágio.
Até o fechamento desta reportagem, as gravadoras Sony e Universal, responsáveis pela representação da cantora no Brasil, não haviam comentado sobre a controversa acusação.
Bittencourt afirma que "Million Years Ago" apresenta semelhanças significativas com "Mulheres", canção famosa na voz de Martinho da Vila, apontando que ambas compartilham os mesmos acordes, harmonias e um desenho melódico similar, com o uso de colcheias. O músico faz questão de ressaltar que ele aceitou elaborar o laudo por ser amigo da advogada.
Em sua análise, Bittencourt argumenta que o plágio nem sempre ocorre de forma intencional, já que os músicos muitas vezes são influenciados por diversas melodias ao longo de suas carreiras. No entanto, ele destaca que, dada a sincronicidade entre as canções, a chance de coincidências é bastante reduzida. "A música de Adele não me impactou imediatamente, pois eles modificaram algumas notas, mas os acordes e a harmonia permanecem idênticos", diz Bittencourt.
Angra, que tem grande visibilidade internacional, é considerada uma das principales bandas dedicadas ao metal no Brasil. Bittencourt não é estranho ao tema de plágio; há cerca de duas décadas, sua composição "Stand Away", do álbum "Angels Cry", foi alegadamente copiada por duas bandas de forró.
Recentemente, a Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter uma liminar que suspende a reprodução e comercialização de "Million Years Ago" tanto no Brasil quanto no exterior, obrigando plataformas digitais a retirarem a música de seus catálogos. Esta decisão, no entanto, só entrará em vigor após as plataformas serem notificadas oficialmente, o que gera ainda mais incertezas.
A expectativa é que essa controvérsia envolva debates acalorados sobre plágio e originalidade na música, levantando questões sobre a influência musical e os limites da inspiração. Será que estamos prestes a ver uma luta épica entre gigantes da música? Fique ligado!