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Racha entre Leila Pereira e a Mancha Verde: entenda a polêmica que abalou o Palmeiras

2024-10-31

Autor: Maria

A divisão entre a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e a torcida organizada Mancha Verde começou logo no início de seu mandato, em 2022. O estopim da crise de relacionamento veio após uma emboscada direcionada à torcida do Cruzeiro, a Máfia Azul, que resultou em pedidos de prisão para líderes organizados, aumentando a tensão no ambiente do futebol.

Logo após assumir a presidência, Leila se viu envolvida em uma série de conflitos com a Mancha Verde. Após receber ameaças de morte, a presidente tomou medidas drásticas, como prometer a sua mãe que não falaria mais sobre as torcidas para evitar represálias. Em um gesto simbólico, ela chegou a mudar o nome de seu cachorro, que antes se chamava "Mancha", em uma tentativa de cortar qualquer vínculo com a torcida.

Essa situação é um contraste gritante em relação ao início da relação entre Leila e a torcida. Em um determinado momento, ela investiu até em uma escola de samba para apoiar a Mancha Verde e financiou viagens da torcida. Porém, a situação mudou drasticamente em janeiro de 2022, quando a presidente anunciou a contratação de Olivério Júnior para o cargo de diretor de comunicação. O problema é que Olivério tinha laços com figuras controversas, como o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, o que levou a Mancha a exigir sua saída.

Apesar das pressões, Leila optou por manter Olivério em sua equipe, gerando um clima hostil entre a direção do Palmeiras e a organizada. Uma tentativa de trégua ocorreu durante o Mundial de Clubes, em que Leila ofereceu R$ 200 mil para que a Mancha acompanhassse o Palmeiras em Abu Dhabi, mas a oferta foi recusada, evidenciando o racha crescente entre as partes.

Em setembro de 2023, a situação piorou. Leila não gostou de uma atitude do atacante Breno Lopes, que, após desobedecer uma ordem, foi à Mancha Verde pedir desculpas por ter mostrado o dedo do meio para os torcedores. Leila, que havia defendido publicamente o jogador, se sentiu traída.

Em declarações incisivas, Leila não hesitou em criticar as torcidas organizadas, chamando-as de "câncer do futebol brasileiro". Em agosto deste ano, a presidente se manifestou sobre uma invasão de torcedores organizados na Academia de Futebol, afirmando que qualquer interação com pessoas que invadiram as instalações seria feita apenas através da polícia, enfatizando que a segurança é primordial.

Atualmente, Leila reafirma sua decisão de não se envolver mais com as organizadas, enquanto o Palmeiras emitiu uma nota oficial repudiando a violência envolvendo torcedores, pedindo punições rigorosas contra os envolvidos em ações criminosas. Essa saga repleta de tensões levanta questões sobre a relação entre a direção dos clubes e as torcidas organizadas, evidenciando a necessidade de um diálogo mais respeitoso e pacífico.

O futebol, que deveria ser um espaço para celebrar a paixão e a competição, acaba se tornando um campo de batalha entre interesses e rivalidades que podem prejudicar o ambiente esportivo. A luta de Leila contra as organizadas é, sem dúvida, um capítulo marcado por conflitos, mas também uma oportunidade para repensar o papel das torcidas no futebol brasileiro.