Melhorar a saúde do cérebro é mais do que uma mera questão de lógica: envolve uma combinação robusta de nutrientes que atuam para manter a vitalidade dos neurônios, elevar o humor e aprimorar a memória. Segundo a especialista em nutrologia Tamara Mazaracki, membro da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), a chave para um cérebro saudável está em uma dieta rica em antioxidantes e anti-inflamatórios.

Os nutrientes que você não pode ignorar:

Ômega 3:

Os ácidos graxos essenciais, encontrados em peixes de água fria como salmão, atum e sardinha, são fundamentais para a comunicação entre as células nervosas. Eles ajudam a manter a fluidez das membranas celulares, impactando diretamente a capacidade de aprender e memorizar informações. O ômega 3 também é conhecido por proteger contra o acúmulo de proteínas beta-amiloide, relacionadas ao Alzheimer.

Proteínas e aminoácidos:

Essenciais para o desenvolvimento cerebral, os aminoácidos são obtidos pela digestão de proteínas. Eles são cruciais para a produção de neurotransmissores, que facilitam a comunicação entre os neurônios e desempenham um papel vital na memorização. Os melhores fornecedores incluem carnes, peixes, ovos e laticínios.

Colina:

Esse nutriente, que faz parte do complexo B, é crucial para a memória na fase adulta. Ingredientes como ovos e vegetais crucíferos são suas melhores fontes, contribuindo para a preservação da estrutura celular do sistema nervoso e para a produção do neurotransmissor acetilcolina, essencial para a função cognitiva.

Polifenóis:

Estudos mostraram que os polifenóis encontrados em frutas roxas, como uvas e mirtilos, ajudam a proteger o tecido nervoso, prevenindo a neurodegeneração. Eles exercem ação antioxidante e anti-inflamatória, combatendo o acúmulo de proteínas prejudiciais no cérebro.

Zinco:

O zinco é um mineral poderoso que pode melhorar a capacidade cognitiva e reduzir o estresse mental. Presentes em frutos do mar, carnes e nozes, esses micronutrientes são fundamentais para manter o cérebro em funcionamento ideal e evitar o envelhecimento precoce das células neuronais.

Selênio:

Pesquisas indicam que a deficiência de selênio pode levar a uma diminuição acelerada da função cognitiva, especialmente em idosos. Inclua castanhas-do-pará, carnes e peixes em sua dieta.

Vitamina D:

Esta vitamina não deve ser subestimada, pois age como um anti-inflamatório no cérebro e está cada vez mais ligada à prevenção de doenças neurodegenerativas. Aproximadamente 80% da sua necessidade de vitamina D deve ser obtida pela exposição à luz solar, enquanto o restante pode ser encontrado em peixes gordurosos e produtos lácteos.

Vitaminas do complexo B:

Essencial para a saúde mental, a deficiência dessas vitaminas pode impactar negativamente a serotonina, o neurotransmissor do bem-estar. Alimentos como carnes, folhas verdes e leguminosas devem ser parte da sua dieta diária.

Probióticos:

Os probióticos, encontrados em iogurtes e vegetais fermentados, ajudam a manter a saúde intestinal, que está altamente relacionada ao humor e à saúde mental. Um intestino saudável pode impulsionar uma mente saudável!

Devemos considerar a suplementação?

Com o aumento do estresse cotidiano, muitas pessoas buscam suplementos. Contudo, é essencial consultar um médico antes de iniciar qualquer suplementação. Uma alimentação balanceada é, na maioria das vezes, suficiente para garantir nutrientes necessários. Além disso, doses excessivas de certos nutrientes podem trazer efeitos colaterais indesejados.

Cuidado com o que você come!

Evite alimentos que promovem inflamações cerebrais, como gorduras trans, açúcar em excesso e fast food. Essas opções alimentares são prejudiciais e podem acelerar o envelhecimento do cérebro. Lembre-se: você é o que você come!

Fique atento! Incorporar esses nutrientes à sua dieta pode melhorar não apenas a saúde do seu cérebro, mas também o seu humor e qualidade de vida. Não espere mais, comece a agir agora mesmo!