Você sabia que existe um seleto grupo de empresas na bolsa de valores brasileira, a B3, que se destacou por pagar proventos de forma consistente e ainda aumentar esses valores ano após ano? Chamadas de "aristocratas dos dividendos Brasil", essas empresas têm feito a alegria dos investidores e prometem ser um ótimo investimento para 2025.

Recentemente, um estudo realizado pela Ações Garantem Futuro (AGF) e a consultoria Elos Ayta identificou essas empresas, inspirando-se no famoso conceito de "Dividend Aristocrats" do índice S&P 500, que inclui aquelas que aumentaram seus dividendos por pelo menos 25 anos consecutivos. A adaptação para o contexto brasileiro foi necessária devido a particularidades do nosso mercado, conforme explicou Einar Rivero, fundador da Elos Ayta.

O estudo analisou empresas que mostraram crescimento consistente na distribuição de proventos nos últimos cinco anos, levando em conta tanto os valores nominais quanto os ajustados pela inflação, e focou exclusivamente nas companhias com uma média de negociações diárias superior a R$ 2 milhões.

Das aproximadamente 400 empresas listadas na B3, apenas oito atenderam aos critérios estipulados. Em contraste, nos Estados Unidos, existem 65 empresas que se enquadram na mesma categoria. Confira a lista das aristocratas dos dividendos no Brasil:

1. Banco do Brasil (BBAS3)

2. Localiza (RENT3)

3. BTG Pactual (BPAC11)

4. WEG (WEGE3)

5. TIM (TIMS3)

6. Tegma (TGMA3)

7. CSU Digital (CSUD3)

8. Schulz (SHUL4)

Dentre elas, o Banco do Brasil se destaca com o maior dividend yield, tanto em termos nominais quanto ajustados pela inflação, e deverá distribuir mais de R$ 1 bilhão em juros sobre capital próprio (JCP) esta semana. Outras empresas como Tegma, CSU Digital e TIM também aparecem como grandes pagadoras de dividendos.

O levantamento também revelou que sete das oito empresas não apenas pagaram dividendos, mas também proporcionaram ganhos de capital aos acionistas. Ao considerar o reinvestimento dos proventos, todas as companhias, exceto a Localiza, superaram o desempenho acumulado do Ibovespa nos últimos cinco anos. Notavelmente, cinco delas (Banco do Brasil, WEG, Schulz, CSU Digital e BTG Pactual) entregaram retornos acima da variação de 50,32% do CDI nesse período.

Se você está em busca de renda passiva e oportunidades sólidas de investimento em tempos desafiadores, essas aristocratas da bolsa brasileira podem ser uma excelente opção. Contudo, é importante lembrar que o histórico de pagamento de dividendos não garante que as empresas continuarão a fazê-lo. Portanto, analistas recomendam que se priorizem empresas de setores resilientes e que se avaliem alguns indicadores importantes antes de investir.

Dentre esses indicadores, destaque para o dividend yield (DY), a relação preço/lucro (P/L), a relação preço/valor patrimonial (P/VP) e o payout, todos essenciais para uma análise fundamentalista eficaz. Com essas informações em mãos, você poderá identificar as melhores oportunidades e otimizar a alocação de seu capital para 2025. Não perca tempo, prepare-se para aproveitar as vantagens dos dividendos!