Nação

Quem é Rogerinho? O Policial Influencer que Choqueou São Paulo!

2024-12-24

Autor: Fernanda

São Paulo — O policial civil Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, foi preso nesta segunda-feira (23/12) em Santos, no litoral paulista. A prisão faz parte de uma operação da Polícia Federal em conjunto com o Ministério Público de São Paulo (MPSP) que investiga policiais suspeitos de vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Além de Rogerinho, mais sete pessoas, incluindo um delegado e três policiais civis, também foram detidas.

Rogerinho, que esporadicamente fazia segurança para o famoso cantor Gusttavo Lima, entrou em foco após declarações do delator Antonio Vinícius Gritzbach. Gritzbach, que foi tragicamente executado no Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos no dia 8 de novembro, havia denunciado Rogerinho e outros policiais à Corregedoria, apenas oito dias antes de sua morte.

Com mais de 100 mil seguidores no Instagram, Rogerinho é, até então, considerado um influencer digital com uma vida de ostentação. Ele era amigo do deputado federal Carlos Alberto da Cunha, um delegado licenciado que enfrenta acusações de violência doméstica, abuso de autoridade e constrangimento ilegal. Da Cunha se licenciou do cargo desde 2021 para atuar na Câmara dos Deputados em Brasília. Sua defesa afirma que os casos de constrangimento ilegal foram arquivados e não há denúncias formais sobre abuso de autoridade contra ele.

Nas redes sociais, Rogerinho era conhecido como "Rogerinho Punisher" e se exibia com carros luxuosos e um estilo de vida opulento, mesmo recebendo um salário de R$ 7 mil. Ele chegou a participar de gravações com Da Cunha, quando fazia parte da Equipe de Intervenções Estratégicas, mas a maioria dos vídeos foram removidos do YouTube.

Sobre a prisão de Rogerinho, a Delegacia Geral de Polícia de São Paulo informou que ele se entregou após negociação com sua defesa. Ele foi apresentado na sede do Deinter 6 e está sendo conduzido à sede da Corregedoria da Polícia Civil. A polícia destacou que não tolera desvios de conduta: “A Polícia Civil é uma instituição legalista e não compactua com atos irregulares.”

Além disso, uma força-tarefa foi estabelecida para investigar o homicídio de Gritzbach e as corregedorias das polícias Civil e Militar estão colaborando para garantir que todos os envolvidos sejam punidos conforme as leis vigentes.