Pesquisas recentes indicam uma queda acentuada na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde sua posse em janeiro de 2023. Os dados revelam que, apesar de Lula ter prometido um governo voltado para a "união e reconstrução", ele não conseguiu dissipar a polarização política que ainda permeia o país, especialmente entre eleitores que optaram por outros candidatos nas últimas eleições.

Eleito com 50,90% dos votos, Lula agora enfrenta um cenário desafiador, pois a sua base de apoio parece encolher até mesmo entre aqueles que o apoiaram nas urnas. Uma comparação realizada por diversas empresas de pesquisa, incluindo PoderData e Datafolha, mostra que a avaliação positiva do presidente caiu de 43% em janeiro de 2023 para apenas 27% no final de 2024.

Francisco Costa, especialista em política brasileira, destaca que "a insatisfação pode ser atribuída à combinação de fatores econômicos, como a alta do dólar, que está acima de R$ 6, e à inflação que continua a pressionar o bolso do cidadão". Os índices de aprovação têm mostrado que a avaliação "ruim" ou "péssima" passou a ser a percepção de uma parcela considerável da população, enquanto muitos eleitores estão inclinando-se para a avaliação "regular" — uma fase crítica que precede uma possível mudança drástica de opinião.

Um dos levantamentos mais preocupantes foi realizado pela Quaest, que apontou um aumento de 11 pontos percentuais na avaliação negativa do governo Lula, subindo de 20% em fevereiro de 2023 para 31% em dezembro do mesmo ano. Isso sinaliza uma migração preocupante de prefeição entre a população que inicialmente apoiava o governo.

Além disso, o governo enfrenta grandes desafios em seu terceiro ano de mandato. Entre os problemas que precisam ser abordados estão as incertezas fiscais e a necessidade urgente de um controle mais rigoroso dos gastos públicos. Essas questões têm gerado um clima de incerteza e insatisfação entre os brasileiros, impactando diretamente na popularidade do presidente e na percepção que a população tem sobre a administração federal.

Se Lula deseja recuperar a confiança do eleitorado, será crucial que ele implemente soluções eficazes e rápidas para os problemas econômicos que enfrentamos. O cenário se torna ainda mais complexo com um contexto político dividido e uma oposição provocativa, que também está buscando capitalizar sobre a insatisfação popular.

O futuro político de Lula dependerá não apenas da recuperação de sua imagem, mas de ações concretas que possam reverter a tendência atual e restaurar a esperança entre os brasileiros.