Quase 900 milhões de casos de diabetes: por que essa doença está crescendo tão rápido?
2025-01-11
Autor: Maria
Um estudo alarmante revela que a prevalência do diabetes aumentou drasticamente, especialmente em países de baixa e média renda, como o Brasil. Enquanto isso, os países ricos e industrializados estão experimentando uma melhoria na cobertura de tratamento da doença. Esse cenário gera uma crescente quantidade de pessoas vivendo com diabetes, bem como um aumento significativo no número de pacientes não tratados em nações mais pobres.
Atualmente, a Europa Ocidental apresenta as menores taxas de diabetes, enquanto as taxas mais elevadas são observadas em regiões do Caribe, Oriente Médio e norte da África. Atualmente, 445 milhões de adultos não recebem o tratamento adequado, um número impressionante que é 3,5 vezes maior do que em 1990.
De acordo com especialistas, como o médico Lottenberg, a redução da prevalência da doença nas nações desenvolvidas é atribuída a melhorias na educação e na prevenção. Ou seja, populações com acesso mais fácil à educação tendem a compreender melhor as causas do diabetes e as medidas de prevenção disponíveis. "Populações que possuem acesso a educação têm maior conhecimento sobre a doença e suas possibilidades de controle", afirma.
Além disso, a questão econômica também desempenha um papel crucial. Indivíduos com recursos financeiros têm mais opções em relação à sua saúde. No entanto, uma boa educação nutricional pode ajudar a contornar essas dificuldades econômicas e levar a escolhas alimentares mais saudáveis.
Medidas eficazes de prevenção
É vital implementar medidas preventivas que possam evitar a expansão dos casos de diabetes. Entre as sugestões estão a realização de campanhas populacionais voltadas para a promoção de um estilo de vida saudável, incentivando uma alimentação balanceada e a prática de atividades físicas. Além disso, um foco na identificação e tratamento adequado de indivíduos obesos é essencial para reverter esse quadro.
Outra abordagem importante é rastrear pacientes com maior risco de desenvolver diabetes, especialmente aqueles que já apresentam exames que indicam situações de pré-diabetes, onde o risco de progressão para a doença é acentuado.
Exames simples como a glicemia de jejum, teste de glicemia após ingestão de glicose e hemoglobina glicada são cruciais para a detecção precoce da doença e devem ser realizados em indivíduos com sintomas ou com condições de risco.
Estão no grupo de risco adultos com sobrepeso ou obesidade, familiares de diabéticos, indivíduos com doenças cardiovasculares, hipertensão, níveis baixos de HDL e altos de triglicerídeos, mulheres com ovários policísticos, além de pessoas sedentárias ou com resistência à insulina.
Caso os resultados dos exames sejam normais, eles devem ser repetidos a cada três anos, podendo ser mais frequentes dependendo da situação da saúde do paciente. Aqueles que já foram diagnosticados com pré-diabetes ou diabetes gestacional devem realizar os testes regularmente ao longo da vida, a cada três anos.
Nesse contexto, a conscientização e a educação desempenham um papel fundamental na luta contra o diabetes, e é essencial que todos nós façamos a nossa parte nessa batalha contra uma das doenças mais prevalentes da atualidade.