Saúde

Qual é a visão dos médicos brasileiros sobre vacinação? Uma pesquisa reveladora!

2025-06-11

Autor: Carolina

O impacto das fake news e dos movimentos antivacina

Nos últimos anos, o Brasil enfrentou um dilema alarmante: o sucesso das campanhas de vacinação trouxe consequências inesperadas. Combina-se a queda nas coberturas vacinais com o aumento da desinformação e movimentos antivacina. Embora haja um esforço de recuperação, a proteção contra doenças fatais requer uma união entre governo, sociedade e profissionais de saúde.

A pesquisa da Ipsos: um termômetro da opinião médica e popular

Recentemente, o instituto de pesquisa Ipsos lançou um estudo intrigante sobre a percepção das vacinas no Brasil. Os resultados foram surpreendentes: 90% dos médicos estão a favor das imunizações, enquanto 75% da população a apoia. Isso mostra que ainda há espaço para conquistar mais adeptos no combate à desinformação.

Dados sobre vacinação no Brasil

Segundo os dados coletados entre 2022 e 2024, foram aplicadas impressionantes 115 milhões de doses, correspondente a todas as vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI). As vacinas mais administradas incluem difteria e tétano (9,9 milhões de doses), hepatite B (9,8 milhões) e poliomielite oral (8,6 milhões). A vacina contra a dengue, destinada a jovens de 10 a 14 anos, também teve um número significativo de aplicações.

A opinião dos médicos sobre a vacinação

Entre os 68 médicos de diferentes especialidades entrevistados, como pediatria e oncologia, impressionantes 90% consideram a vacinação crucial para a prevenção de doenças. Além disso, 79% reconhecem que as vacinas impactam diretamente no manejo e tratamento das doenças.

Desafios persistentes na imunização

A pesquisa revelou que os principais desafios enfrentados na vacinação são: 53% dos médicos citaram a dificuldade de acesso a vacinas não incluídas no calendário, 43% apontaram a baixa adesão às campanhas, e 38% destacaram a falta de conhecimento da população sobre as vacinas.

O que dizem os médicos sobre a queda na adesão às vacinas?

Adriana Ghobril, diretora de Saúde da Ipsos, ressalta a importância de captar a percepção dos profissionais. Ela destacou que a diminuição na adesão às vacinas tradicionais preocupa, especialmente considerando o aumento das doenças que poderiam ser evitadas.

Ranking das vacinas mais prescritas

Entre as vacinas mais recomendadas pelos médicos estão: gripe (76%), covid-19 (74%), herpes-zóster (63%) e VSR (62%). Em abril, o Ministério da Saúde solicitou a incorporação da vacina contra herpes-zóster ao SUS, enquanto a vacina contra VSR foi aprovada para oferta gratuita.

A adesão da população às vacinas

Dois terços da população se mantém firme nas imunizações: 75% afirmam que tomam todas as vacinas recomendadas, 19% buscam apenas as consideradas essenciais, e 6% não se vacinam. A adesão mais alta é para a vacina contra covid-19, seguida de difteria e tétano, tríplice viral, febre amarela e gripe.

Esses dados ressaltam a importância da vacinação e a necessidade de estratégias eficazes para aumentar a adesão e combater a desinformação que ameaça a saúde pública.