A crise na saúde pública em Franca continua a gerar repercussões alarmantes. O Pronto-Socorro 'Dr. Álvaro Azzuz' enfrenta uma grave situação de atendimento devido ao protesto dos servidores da saúde. Pacientes estão enfrentando tempos de espera chocantes, ultrapassando cinco horas, e muitos foram forçados a passar a madrugada inteira aguardando assistência médica.

Com os funcionários do hospital em mobilização, a unidade tem priorizado apenas os casos mais críticos. Essa realidade tem gerado indignação e desespero entre aqueles que buscam atendimento e que não se enquadram como emergência. "Cheguei por volta das 20h e só fui atendido depois das 2h da manhã. A situação está insustentável, tem muita gente aqui", relatou um paciente que preferiu manter sua identidade em sigilo.

Outros testemunhos revelam o sofrimento dos pacientes durante a espera. "Fiquei a madrugada toda esperando atendimento. Isso é uma vergonha! Eu entendo que eles estão em greve, mas e nós? Como ficamos?", desabafou uma paciente visivelmente frustrada.

A crise não se limita ao sábado, 28. Na tarde de sexta-feira, 28, a equipe do portal GCN/Sampi esteve no local e constatou cerca de 180 pessoas aguardando atendimento, algumas por apenas um curto intervalo de tempo, enquanto outras já estavam por horas na fila.

Além da indignação dos pacientes, familiares também cobram ações imediatas das autoridades para sanar os impactos da paralisação e garantir assistência a todos que necessitam de cuidados médicos urgentes. A falta de soluções e a demora no atendimento representam um risco à vida de muitos, especialmente considerando que Franca possui uma população crescente e carente de serviços de saúde eficazes.

A comunidade se mobiliza e redes de apoio se formam para tentar amenizar os efeitos da crise, enquanto os cidadãos exigem que as promessas de melhorias na saúde pública sejam cumpridas. A situação atual do Pronto-Socorro é um reflexo preocupante da realidade da saúde no Brasil, mostrando a urgência de reformas e investimentos para assegurar que todos tenham acesso ao atendimento médico necessário.