Protesto Chocante: Estudante Iraniana Tira a Roupa em Universidade Após Ser Agredida por Não Usar Vêu
2024-11-02
Autor: Julia
Uma cena dramática abalou o campus da Universidade Azad em Teerã, Irã, neste sábado (2), quando uma estudante decidiu tirar a roupa em protesto contra a agressão sofrida por não usar o hijab. O ato audacioso foi registrado em vídeos que rapidamente se espalharam pelas redes sociais, mostrando a jovem em roupas íntimas caminhando pelo pátio da universidade.
Testemunhas afirmam que a estudante foi atacada por agentes de segurança, que a reprimiram fisicamente por não se conformar às normas religiosas que exigem o uso do véu islâmico. Imagens adicionais capturaram a jovem sendo forçada a entrar em um veículo sem identificação oficial, levantando preocupações sobre sua segurança e o tratamento dado a ela.
Surpreendentemente, a Universidade Azad negou que a estudante tivesse sido agredida, alegando em vez disso que ela apresentava um “distúrbio mental”. De acordo com Amir Mahjob, diretor de relações públicas da instituição, a jovem estava filmando seus colegas de classe e professores, o que teria levado ao seu advertimento antes do ato de desespero.
As reações à agressão não tardaram, já que o incidente ocorreu em um contexto tenso no Irã, onde o governo intensificou a repressão contra mulheres que desafiam as regras do hijab. Após a trágica morte de Mahsa Amini em 2022 nas mãos da polícia moral, muitas mulheres iranianas têm adotado o ato de não usar o véu como uma forma de resistência.
A atual administração iraniana tem tentado restabelecer o uso obrigatório do hijab através de severas punições. Recentemente, o Conselho dos Guardiões aprovou um projeto de lei que aumenta as penalidades por desobediência, incluindo até cinco anos de prisão.
As manifestações em resposta a essas medidas têm ocorrido em várias partes do país, e a valentia da estudante em Teerã reacende o debate sobre os direitos das mulheres no Irã. Mesmo com a repressão, o espírito de resistência se mantém vivo, refletindo a busca por liberdade e igualdade em uma sociedade marcada por regras rígidas e controle social.
A situação continua a se desenrolar, e os defensores dos direitos humanos estão monitorando de perto os desdobramentos, exigindo justiça e proteção para a jovem estudante e todas as mulheres do Irã.