Em um marco significativo na política externa dos Estados Unidos, autoridades americanas se encontram pela primeira vez com representantes do novo governo da Síria, liderado por Ahmed al Sharaa. A reunião, realizada em Damasco, tinha como objetivo discutir os princípios de transição que contam com o respaldo dos EUA e a luta contra o Estado Islâmico (ISIS).

A diplomata Barbara Leaf, juntamente com o enviado presidencial para assuntos de reféns, Roger Carstens, e o conselheiro sênior Daniel Rubinstein, participou do encontro que representa a primeira visita oficial de diplomatas norte-americanos à capital síria desde a queda do governo de Bashar al Assad. Leaf descreveu a reunião como "boa" e expressou confiança no compromisso do novo governo de não permitir que grupos terroristas ameacem a paz na região.

Após a reunião, estava agendada uma coletiva de imprensa, que infelizmente foi cancelada por questões de segurança. Durante a espera, houve cortes de energia no local, o que deixou os jornalistas em um clima de incerteza.

Este encontro não ocorreu isoladamente; os EUA também têm se engajado em diálogos com outros países ocidentais, como França, Alemanha e Reino Unido, que também enviaram delegações a Damasco. A questão central que permeia essas discussões é o receio da fragmentação da Síria e como as novas lideranças lidariam com áreas sensíveis, como as comunidades curdas no norte.

Em uma declaração recente, o Comando Central dos EUA revelou que ataques aéreos eliminaram dois líderes do ISIS, incluindo o destacado Abu Yusif, destacando a persistente luta contra o terrorismo na região.

A reunião também teve um foco humanitário, com a delegação americana discutindo como os EUA podem auxiliar as comunidades na Síria em sua visão de futuro. Além disso, informações sobre o desaparecimento do jornalista americano Austin Tice, sequestrado em 2012, foram levadas à mesa.

Enquanto isso, no centro de Damasco, manifestantes tomaram as ruas para reivindicar democracia e os direitos das mulheres, com a manifestação recebendo apoio internacional. Amy Pope, da Organização Internacional para as Migrações, enfatizou que as mulheres são essenciais para a reconstrução do país.

Os desdobramentos deste encontro podem sinalizar uma mudança nas relações entre os EUA e a Síria, que há anos são marcadas por tensões. Fique atento às atualizações sobre esse assunto que promete impactar significativamente a dinâmica política na região.