Em uma reviravolta surpreendente no cenário geopolítico, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que a Ucrânia entrou em confronto com tropas norte-coreanas pela primeira vez. Em declarações à BBC, ele mencionou que essas "primeiras batalhas com a Coreia do Norte abrem um novo capítulo de instabilidade no mundo", enfatizando a gravidade da situação.

Contudo, as autoridades sul-coreanas minimizaram o ocorrido, afirmando que "não há evidências de combate direto entre as tropas de ambos os lados", mas confirmaram um "incidente" envolvendo um pequeno número de soldados norte-coreanos perto da linha de frente na região de Kursk.

Relatórios indicam que cerca de 11.000 soldados norte-coreanos estão posicionados na fronteira com a Rússia, com informações de que as tropas podem estar se envolvendo na guerra da Rússia na Ucrânia. A inteligência sul-coreana, norte-americana e a OTAN têm monitorado a movimentação das tropas norte-coreanas, que, segundo eles, estão sendo integradas às forças russas e participando de treinamentos com uniformes russos.

Andriy Kovalenko, um importante responsável pela comunicação da Ucrânia, afirmou que as primeiras unidades norte-coreanas foram atacadas. Rustem Umerov, também confirmado por Kovalenko, alertou para um potencial envolvimento em larga escala de tropas da Coreia do Norte no conflito, embora tenha ressaltado que, até o momento, houve apenas "pequenos contatos" e não um comprometimento muito profundo.

O ministro Umerov indicou ainda que cinco unidades, com cerca de 3.000 soldados cada, podem ser mobilizadas. O zelensky convocou a nação e o mundo a agir para que essa incursão russa, com o apoio da Coreia do Norte, fracasse. Ele também ressaltou que a participação de Pyongyang no conflito pode potencialmente resultar em problemas maiores para a paz global.

O movimento das tropas norte-coreanas também despertou preocupações no governo sul-coreano. Recentemente, Seul convocou o embaixador da Rússia, exigindo a retirada imediata das tropas e sinalizando a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia em resposta ao conflito.

Analistas acreditam que, se a situação continuar a se deteriorar, a Coreia do Norte pode receber tecnologia militar russa em troca de seu apoio e presença militar na Ucrânia. Essa nova dinâmica não apenas aumenta as tensões entre Ucrânia e Coreia do Norte, mas também ressoa em preocupações mais amplas de segurança na península coreana e na Europa.