Preocupações com Acionistas Minoritários: Azul e Gol Rumam para a Fusão?
2025-01-16
Autor: Mariana
A recente movimentação no setor aéreo brasileiro está deixando investidores em alerta! O Instituto Ibero-Americano da Empresa manifestou sua inquietação em relação à potencial fusão entre a Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4), alertando para a possível concentração de mercado que essa união poderá ocasionar.
Após a publicação de que a Azul firmou um Memorando de Entendimentos não vinculante (MoU) com a Abra Group, controladora da Gol, o Instituto destacou que suas preocupações se concentram no impacto que isso deve ter no mercado de capitais e na governança corporativa das empresas.
De acordo com a análise do Instituto, a fusão pode criar uma gigante com cerca de 60% de participação no mercado doméstico, superando a rival Latam, que detém 40%. Isso levanta questões sobre a futura dinâmica competitiva nas passagens aéreas. “A aglutinação das duas maiores companhias aéreas do Brasil pode restringir a competição e, consequentemente, prejudicar os consumidores”, afirma um porta-voz do Instituto.
Eduardo Silva, presidente do Instituto Empresa, enfatiza que os acionistas minoritários devem receber garantias sólidas de que seus direitos serão protegidos durante esse processo monumental. Ele advertiu que a falta de medidas eficazes de proteção poderia abalar a confiança no mercado de capitais.
A possível emissão de novas ações para viabilizar a fusão pode diluir a participação dos acionistas minoritários, tornando ainda mais crítico o cenário de transparência nas deliberações. O Instituto lembrou que todos os acionistas, especialmente os minoritários, têm o direito de participar nas decisões que envolvem reestruturações societárias.
Com as reuniões agendadas entre o Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e os CEOs da Azul e Gol, o tema está em alta na agenda governamental. O ministro, enquanto não se pronuncia sobre o assunto de forma conclusiva, reconhece que a combinação de empresas no setor aéreo não é uma novidade global e alerta que o pior cenário seria a falência das companhias.
Com tudo que está em jogo, a pergunta que fica no ar é: consumidores e investidores estarão prontos para lidar com as potenciais transformações no setor aéreo? Fiquem atentos, pois o desenrolar dessa fusão pode abalar não apenas o mercado de ações, mas também os preços e a qualidade dos serviços oferecidos aos passageiros.