Prefeito rebate proibição de funk em cidade vizinha: 'Liberdade para escolher o que ouvir!'
2025-01-15
Autor: Julia
O prefeito Rafael Freire (PSB) de Alpinópolis, situada na Região Sul de Minas, deu uma declaração polêmica em suas redes sociais na quarta-feira (15/01), direcionando críticas ao prefeito de Carmo do Rio Claro, Filipe Carielo (PSD), que implementou uma proibição sobre a execução de funk em escolas municipais e em eventos recreativos que envolvem crianças e jovens.
Freire destacou a importância da liberdade de escolha dos cidadãos: “Gente, eu não vou proibir nada de funk, ok? Em nossas escolas de Alpinópolis, contamos com profissionais capacitados que sabem como lidar com diferentes situações e orientar nossos alunos da melhor maneira. Confio nos nossos professores. O que realmente transforma a educação é o investimento que se faz nela, seja para os alunos ou para os profissionais, apoiando e valorizando-os. A política precisa de ações honestas e efetivas”, afirmou o prefeito, evitando mencionar diretamente o nome de Carielo ou sua cidade.
Além disso, na publicação, Freire fez um aceno à população do seu município, enfatizando a importância da democracia: “Quanto ao restante da cidade, ainda vivemos numa democracia. Até que a ditadura chegue, você é livre para escolher o que ouvir e onde levar seus filhos.” Essa declaração sugere um contraste direto com as medidas restritivas de seu colega.
Em contraste, na terça-feira (14/01), o prefeito Filipe Carielo emitiu um decreto que proíbe a reprodução de músicas de funk em eventos voltados para crianças e adolescentes. Em sua justificativa, ele mencionou grupos como a "Carreta Furacão da Alegria", que se apresentam com fantasias e coreografias, e argumentou que a proibição se estende a canções com conteúdo pornográfico e linguagem obscena.
Carielo já havia banido anteriormente a música funk em escolas da sua cidade, alegando que “90% das letras são totalmente impróprias para crianças, independentemente da idade, já que as letras podem influenciar negativamente durante a puberdade”. Com essa postura, o político parece buscar uma abordagem mais conservadora em relação ao que considera apropriado para jovens.
Essas declarações e posições refletem um debate mais amplo sobre as liberdades culturais e a responsabilidade na educação dos jovens, levantando questões sobre até que ponto deve ir a intervenção do governo nas escolhas musicais da população. A situação está gerando discussões calorosas entre os cidadãos das duas cidades e nas redes sociais, onde muitas pessoas se manifestam favoráveis e outras contra as proibições, reforçando a polarização do tema.