Nação

Por Que o Rio Grande do Sul Está Sofrendo com Chuvas Intensas?

2025-06-18

Autor: Maria

Entenda a situação alarmante

Você já se perguntou o que está acontecendo no Rio Grande do Sul? Desde o último sábado (14), o estado tem enfrentado uma sequência de chuvas torrenciais, impactando severamente diversas regiões. Mesmo na ausência do fenômeno El Niño, as precipitações têm superado expectativas, culminando em uma situação crítica a partir da noite de segunda-feira (16) e nas últimas 24 horas.

As chuvas intensas elevaram os níveis dos rios, bloqueando estradas e causando estragos tanto em áreas urbanas quanto rurais. De acordo com os dados mais recentes da Defesa Civil, divulgados nesta quarta-feira (18), 51 municípios já enfrentaram emergências relacionadas às chuvas.

A gravidade dos impactos

Os danos vão desde alagamentos chocantes até deslizamentos de terra, com mais de 1.300 pessoas fora de suas casas. Pelo menos mil indivíduos estão abrigados em centros de acolhimento, enquanto um número ainda maior busca refúgio em residências de familiares e amigos.

As previsões indicam que esses números podem aumentar nas próximas horas, com a situação mais crítica em regiões que enfrentam elevações alarmantes nos níveis dos rios, como em Jaguari, onde mais de mil cidadãos estão deslocados.

Volumes de chuva impressionantes

As áreas mais afetadas incluem as Missões, o Oeste do estado, o Vale do Rio Pardo e a Grande Porto Alegre. Muitas cidades já superaram a média de precipitação do mês em apenas 48 horas. Enquanto as medições variam entre 150 mm e 300 mm, algumas localidades registraram até 400 mm desde sábado passado.

Dados meteorológicos indicam que, em apenas 96 horas, Santa Maria acumulou 302 mm, Encruzilhada do Sul, 286 mm, e São Borja, 279 mm. A situação é alarmante e exige atenção.

Fatores meteorológicos em ação

De acordo com a MetSul Meteorologia, a ausência de El Niño não implica que o estado esteja imune a eventos extremos de chuva. Infelizmente, a história já mostrou que períodos de chuvas intensas podem ocorrer mesmo nas fases neutras ou de La Niña.

O impactante bloqueio atmosférico

Um dos principais responsáveis por essa torrente de chuva é um bloqueio atmosférico. Esse fenômeno ocorre quando sistemas de alta pressão permanecem estacionados, impedindo a normal circulação das frentes frias. Enquanto o Sudeste e Centro-Oeste do Brasil enfrentam clima seco e quente devido a essa barreira, o Sul está à mercê de uma frente semi-estacionária que resulta em chuvas recordes.

Chuva contínua e jatos de baixa atmosfera

Adicionando-se à complexidade da situação, uma corrente de ar quente se desloca para o estado, favorecendo a formação de nuvens pesadas. Esse corredor de vento é crucial para a continuidade das chuvas intensas que estão assolando o Rio Grande do Sul.

Diferença de temperatura e instabilidade

Atualmente, o estado se encontra entre duas massas de ar com características distintas: uma quente e outra fria. Essa diferença de temperatura tem potencializado a instabilidade e a formação de chuvas extremas. Embora o cenário atual não seja tão intenso quanto o episódio de maio de 2024, a situação é preocupante e requer medidas de prevenção e resposta.