Por que as mulheres são mais sedentárias que os homens? Descubra agora!
2024-11-13
Autor: Lucas
A prática diária de atividade física é um ponto crucial que todos os especialistas em saúde recomendam, e isso não se limita apenas a exercícios aeróbicos como corrida ou andar de bicicleta, mas inclui qualquer atividade que nos tire do sofá ou da cadeira. No entanto, uma triste realidade relacionada à desigualdade de gênero é que os homens tendem a se exercitar mais do que as mulheres.
A jornalista estadunidense Danielle Friedman, que investiga a relação das mulheres com a atividade física ao longo da história, destacou em um artigo no New York Times que apenas 33% das mulheres estão cumprindo a quantidade recomendada de exercícios aeróbicos semanais nos Estados Unidos, em comparação com 43% dos homens. Este dado alarmante é apenas a ponta do iceberg.
Um estudo realizado em 147 países, mencionado por Friedman, revelou que essa tendência não se restringe aos Estados Unidos; de fato, em todos os países pesquisados, as mulheres são mais sedentárias, exceto em apenas oito locais específicos.
Os motivos para essa discrepância começam desde a infância. Os meninos tendem a participar de brincadeiras que exigem mais atividade física, enquanto as meninas são incentivadas a atividades menos dinâmicas. Desde pequenos, meninos são estimulados a jogar bola ou praticar esportes, enquanto meninas costumam receber brinquedos mais calmos, como bonecas.
Nas escolas, essa diferença se repete: meninos frequentemente são mais incentivados a participar de esportes e atividades físicas. No Brasil, é comum ver grupos de meninos jogando futebol nas quadras e campos públicos, um reflexo da socialização masculina em torno do esporte.
Um estudo da OMS de 2019 com 1,6 milhão de jovens de 11 a 17 anos revelou que, quase em todos os países analisados, o número de meninas sedentárias supera o de meninos, criando uma preocupação crescente sobre a saúde das mulheres. As exceções foram apenas em quatro regiões específicas, como Zâmbia e Afeganistão. É interessante notar que essa diferença não parece estar ligada a fatores econômicos, pois países desenvolvidos e em desenvolvimento apresentam o mesmo padrão.
No Brasil, dados da OMS mostram que 78% dos meninos e 89,4% das meninas não realizam atividade física suficiente. A situação se agrava na vida adulta, onde as mulheres geralmente se veem sobrecarregadas com funções domésticas e profissionais, o que frequentemente resulta em uma diminuição da prática de exercícios físicos.
Friedman observa que muitas mães priorizam a saúde dos filhos e tendem a dedicar todo o tempo livre às necessidades da família. Essa abordagem, embora bem-intencionada, pode levar a um erro comum que muitas mulheres cometem: negligenciar sua própria saúde, o que, a longo prazo, não só impacta seu bem-estar, mas também a qualidade da vida da família.
Para combater o sedentarismo, é essencial que crianças e adolescentes sejam encorajados a participar de atividades físicas que promovam a socialização, afastando-os do tempo gasto em telas eletrônicas. Já os adultos, independentemente de gênero ou condição física, devem começar a reservar tempo para se exercitarem.
Felizmente, a prática de atividades físicas está se tornando cada vez mais acessível e deve ser vista como uma forma de cuidado pessoal. Não se trata apenas de uma moda passageira; é uma questão de saúde e qualidade de vida. Assim, é fundamental que tanto os indivíduos quanto aqueles em posição de formular políticas públicas se conscientizem da importância de criar condições que incentivem a atividade física. Não permita que a rotina te impeça de viver melhor! Vamos juntos combater o sedentarismo!