As mulheres são as principais vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), e o número de casos entre pacientes com menos de 60 anos está crescendo alarmantemente. Diversos fatores contribuem para essa maior suscetibilidade, conforme explicado pelo especialista Davi Klava, da Santa Casa de Piracicaba.

Dados alarmantes:

Nos primeiros oito meses de 2024, a região de Piracicaba registrou 89 mortes entre pacientes com menos de 60 anos devido a AVCs, um aumento em relação aos 88 óbitos no mesmo período do ano anterior.

O que é AVC?

O AVC ocorre quando os vasos sanguíneos que irrigam o cérebro se obstruem ou rompem, resultando na morte de áreas cerebrais pela falta de sangue. É uma emergência médica que requer intervenção imediata para reduzir danos cerebrais.

Fatores de risco para mulheres:

Embora muitos fatores de risco, como tabagismo, hipertensão e colesterol alto, sejam comuns a todos, as mulheres enfrentam riscos adicionais. Os fatores incluem:

1. Gravidez:

Durante a gestação, o risco de formação de trombos aumenta, elevando a chance de AVC.

2. Pré-eclâmpsia:

Essa condição pode dobrar o risco de AVC mais tarde na vida das mulheres.

3. Uso de anticoncepcionais:

Os hormônios presentes nessas pílulas podem aumentar o risco de AVC, especialmente em mulheres que fumam.

4. Enxaqueca com aura:

Mulheres que sofrem desse tipo de enxaqueca têm maior propensão a AVCs, principalmente se combinarem com fatores de risco como tabagismo.

Cenário alarmante entre os jovens:

Klava alerta que cada vez mais jovens, especialmente aqueles com doenças como hipertensão e diabetes, estão sendo diagnosticados com AVC. Muitas vezes, esses pacientes não estão em tratamento adequado, o que agrava a situação. Entre janeiro e agosto de 2024, 7.018 atendimentos para AVC foram registrados na faixa etária abaixo de 60 anos.

A urgência do tratamento:

O tempo é um fator crucial no tratamento do AVC. O diagnóstico e o tratamento precoces oferecem melhores chances de recuperação. Reconhecer os sinais de alerta, como perda de força súbita ou dificuldade para falar, pode salvar vidas. A mobilização rápida do serviço de emergência é fundamental.

Prevenção é a chave:

A Secretaria Estadual de Saúde enfatiza que 90% dos fatores de risco de AVC são evitáveis. Mudanças no estilo de vida, como adotar uma dieta saudável, praticar atividades físicas e evitar o tabagismo, podem reduzir drasticamente o risco.

Conclusão:

O aumento dos casos de AVC entre mulheres e pacientes mais jovens é alarmante e exige atenção. É crucial que tanto indivíduos quanto profissionais de saúde fiquem atentos aos fatores de risco e promovam práticas de prevenção para reduzir essas estatísticas crescentes. A informação e a conscientização são as nossas melhores armas nessa luta contra o AVC.