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Polônia Exclui Hungria de Celebrações pela Presidência da UE: O Que Está por Trás Dessa Decisão Impactante?

2025-01-03

Autor: Mariana

O governo polonês tomou uma decisão polêmica ao não convidar o embaixador da Hungria em Varsóvia para a cerimônia que marca o início da presidência da União Europeia, programada para esta sexta-feira (3 de janeiro de 2025). O motivo? A concessão de asilo político pela Hungria a Marcin Romanowski, um ex-vice-ministro da Justiça da Polônia, que está sendo investigado por supostos crimes financeiros.

Romanowski, que já havia sido preso, negou as acusações e, após a liberação, a Hungria decidiu otorgar-lhe asilo. O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, já havia expressado críticas ao governo de Viktor Orbán, presidente húngaro, acusando-o de estar do lado da Rússia e de não abordar corretamente a crise da Ucrânia.

Magdalena Sobkowiak-Czarnecka, vice-ministra de Relações com a Europa, justificou a exclusão do embaixador húngaro e de Orbán, afirmando que, embora tenham convidado toda a missão diplomática há quase um mês, a situação relacionada a Romanowski levou a uma mudança de posição. "O ministro Sikorski decidiu que o embaixador húngaro não é bem-vindo em nosso teatro nesta noite," declarou.

Esse episódio representa um agravamento nas relações diplomáticas entre os dois países, que têm enfrentado tensões mais amplas devido a perspectivas divergentes em temas internacionais. É importante ressaltar que a Polônia e a Hungria fazem parte do mesmo grupo de países da União Europeia, mas suas posturas muitas vezes não convergem, especialmente em questões de direitos humanos e política externa.

Com a Polônia assumindo a presidência rotativa do Conselho da UE, a 2ª vez desde sua adesão ao bloco em 2004, o foco será na segurança da Europa, especialmente em face do conflito em andamento entre Ucrânia e Rússia, além das crescentes tensões na fronteira polonesa com a Bielorrússia.

Durante seu período na liderança, o governo polonês pretende fortalecer as alianças da UE com a OTAN e os Estados Unidos, enquanto busca aumentar o apoio político, militar e econômico à Ucrânia. Além disso, a Polônia planeja promover a conscientização sobre segurança cibernética, visando otimizar a estrutura de resposta a crises do bloco europeu.

Enquanto isso, o embargo húngaro às celebrações polonesas pode ser visto como um reflexo das complexas relações dentro da União Europeia, onde alianças e rivalidades continuam a moldar o futuro do bloco.