Nação

POLICIAL FUGIU APÓS ATIRAR EM EMPRESÁRIO DURANTE BRIGA EM HOTEL NO RIO: O QUE REALMENTE ACONTECEU?

2025-01-21

Autor: Fernanda

Na madrugada de domingo (19), por volta das 2h50, uma cena chocante se desenrolou no Wyndham Rio Barra, localizado na Avenida Lúcio Costa. Marcelo dos Anjos Abitan da Silva, um empresário hospedado com a família para um final de semana prolongado, foi baleado após um desentendimento com o policial civil Raphael Pinto Ferreira Gedeão. Segundo informações, Marcelo tentava entrar no hotel depois de retornar do trabalho, mas se deparou com um carro bloqueando a entrada.

Câmeras de segurança do hotel capturaram a discussão acalorada entre Marcelo e o agente, que rapidamente se tornou violenta. Durante a briga, Raphael, já armado, pediu que o empresário se afastasse – um aviso que foi ignorado. Em um momento de tensão, o policial disparou, atingindo Marcelo na barriga. Em uma tentativa desesperada de escapar, Marcelo tentou correr, mas levou mais dois tiros nas costas.

Testemunhas relataram que a situação parecia bastante confusa. Um funcionário do hotel se aproximou de Raphael, criticando a ação do policial, que respondeu: "Tentei falar com ele e agora deu nisso aí. Agora chama a polícia". Essa frase revela o clima hostil da situação e a desespero crescente que culminou em um ato de violência extrema.

Outra funcionária, que observou os acontecimentos pelas câmeras, comentou que Marcelo fez um movimento brusco, o que pode ter desencadeado os disparos do policial. Após o incidente, Raphael ficou no hotel por cerca de 10 minutos. Ao sair, ele ainda tentou escapar rapidamente, danificando a cancela do estacionamento.

O sistema judiciário do Rio de Janeiro reagiu rapidamente. O Tribunal de Justiça decretou a prisão temporária de Raphael por 30 dias, alegando a necessidade de esclarecer os fatos em meio à investigação. O juiz Orlando Eliazaro Feitosa destacou que a liberdade do investigado poderia prejudicar a coleta de provas e a oitiva de testemunhas.

A defesa do policial, representada pelo advogado Saulo Carvalho, afirmou que Raphael se colocou à disposição da polícia logo após o incidente, buscando prestar esclarecimentos e ajudar a vítima. Contudo, a situação gerou um debate acalorado sobre a conduta de policiais em situações de crise, levantando questões sobre a segurança da população e o uso adequado da força.

Este triste episódio não só deixa uma família devastada pela perda, mas também chama atenção para a necessidade de revisão das práticas policiais e do manejo de conflitos. As investigações continuam, e perguntas ainda permanecem: até onde pode ir a autoridade de um policial quando confrontado com civis? Quais medidas podem ser adotadas para evitar a repetição de tragédias assim? A sociedade aguarda respostas.