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Polícia Civil de SP solicita prisão de presidente da Mancha Alviverde e mais cinco torcedores após emboscada

2024-10-29

Autor: Mariana

Nesta terça-feira (29), a Polícia Civil de São Paulo pediu a prisão preventiva de Jorge Luis Sampaio, presidente da torcida organizada Mancha Alviverde, e de mais cinco torcedores do Palmeiras, após a emboscada contra a torcida Máfias Azul, do Cruzeiro, ocorrida no último domingo (27) na BR-381, nas proximidades de Mairiporã.

A Justiça deve se pronunciar sobre o pedido de prisão nesta quarta-feira (30).

Os seis torcedores são acusados de envolvimento em uma ação violenta que resultou na morte de um torcedor cruzeirense, José Victor Miranda, de 30 anos, além de 17 feridos, sendo três em estado grave. As vítimas foram atacadas com barras de ferro e explosivos, e um ônibus da organizada foi totalmente incendiado, enquanto outro ficou parcialmente destruído.

Em uma investigação minuciosa, a Polícia Civil identificou os acusados por meio de gravações de câmeras de segurança, imagens divulgadas nas redes sociais pelos próprios agressores, e também através de dados de telefonia celular. As investigações revelaram que os agressores utilizaram veículos e motocicletas pessoais, cujas placas foram rastreadas.

Há um histórico de rivalidade entre a Mancha Alviverde e a Máfia Azul, que remonta a diversos confrontos ao longo dos anos. Em 2022, Sampaio já havia sido alvo de uma emboscada semelhante por integrantes da Máfia Azul, que o espancaram na BR-381, nas proximidades da cidade de Carmópolis de Minas.

As investigações sobre este último ataque estão sendo conduzidas pela Polícia Civil de São Paulo e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), vinculado ao Ministério Público de São Paulo.

Com o aumento da violência entre torcidas organizadas, muitos especialistas alertam sobre a necessidade de um trabalho mais eficaz das autoridades para conter essa onda de violência no futebol brasileiro. A sociedade aguarda respostas contundentes e medidas que garantam a segurança dos torcedores.

Além disso, já surgem discussões sobre a possibilidade de o Palmeiras romper relações com a torcida organizada implicada, o que pode intensificar ainda mais a crise entre as torcidas e a administração dos clubes.

As manifestações de revolta e repúdio estão se intensificando nas redes sociais e dentro dos estádios, com torcedores exigindo ações para garantir a paz nos jogos.

O que mais precisa acontecer para que as torcidas entendam que a violência não é o caminho? A pergunta ecoa entre os amantes do futebol que esperam um clima de respeito e amizade nas arquibancadas.