Sarah A. Boardman, a artista responsável pelo retrato de Donald Trump que foi removido do Capitólio do Colorado, afirmou que as críticas recebidas pelo presidente dos EUA podem colocar em risco sua carreira de mais de quatro décadas.

Trump descreveu a obra como "verdadeiramente a pior" ao expressar seu descontentamento nas redes sociais no mês passado, o que levou à remoção da pintura. A imagem havia estado em exibição ao lado de retratos de outros presidentes dos EUA por quase seis anos.

Em um post no Truth Social, Trump alegou que Boardman "distorceu propositalmente" sua imagem, o que, segundo ele, ainda poderia ser a razão para que o público não gostasse da pintura. Comparando-a negativamente ao retrato que a artista fez de Barack Obama, Trump disse que este último parecia "maravilhoso", enquanto sua própria imagem representava o pior que ele já tinha visto.

Defendendo seu trabalho, Boardman contestou as alegações de Trump, afirmando que sua intenção sempre foi capturar a essência do presidente com precisão e respeito, sem distorções ou preconceitos políticos. Ela ressaltou ter recebido feedback bastante positivo sobre a obra desde sua revelação em 2019.

A polêmica provocou um impacto considerável em sua prática artística, mas Boardman escolheu não entrar em detalhes sobre como sua carreira foi afetada. Em contrapartida, ela já havia completado retratos de figuras como George W. Bush e uma série de militares dos EUA, demonstrando seu talento e versatilidade.

O retrato de Trump foi encomendado por representantes republicanos do Colorado, que levantaram mais de US$ 10.000 via GoFundMe para a realização do projeto. A artista também havia mediado discussões sobre sua intenção neutra e a importância de permitir que as críticas se sustentem ao longo do tempo, em resposta ao gerenciamento de sua imagem.

Essa controvérsia não só abalou a reputação de Boardman, como também levanta questões sobre a liberdade artística na era das redes sociais, onde figuras públicas se manifestam instantaneamente sobre obras de arte que consideram ofensivas ou inadequadas. Neste cenário, o que será do futuro de artistas que ousam retratar figuras polêmicas em sua arte?