Nação

PGR se posiciona ao STF contra a libertação do General Mário Fernandes envolvido em tentativa de golpe

2024-12-25

Autor: Maria

O General Mário Fernandes, acusado de participar de um esquema golpista, foi preso pela Polícia Federal no final de dezembro de 2022, após investigações revelarem que o plano visava impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Procuradoria Geral da República (PGR) argumentou que a prisão preventiva foi justificada e adequada, considerando as particularidades do caso. Os indícios apontam que o ex-militar de alta patente se envolveu em ações ilegais com membros das Forças Especiais do Exército, que incluíam monitorar um Ministro do Supremo Tribunal Federal com a intenção de sua prisão ilegal e, possivelmente, assassinato. O plano também abarcava a execução de presidentes eleitos, visando obstruir a posse e o funcionamento da democracia brasileira.

Segundo as informações da Polícia Federal, um documento com um plano de ataque a Lula, Alckmin e Moraes foi elaborado por Fernandes em 9 de novembro de 2022. Este documento, que possivelmente foi impresso no Palácio do Planalto e posteriormente em outras localidades, trazia detalhes sobre um plano golpista sob o título "Punhal Verde e Amarelo". Nele, estavam listadas as armas necessárias e a proposta de envenenamento de Lula, identificado pelo codinome "Jeca", enquanto Alckmin era chamado de "Joca".

A investigação da PF caracterizou o plano como de natureza terrorista, evidenciando a minuciosidade com que Fernandes havia traçado os detalhes de uma ação potencialmente devastadora.

Além disso, Fernandes teve um papel ativo em reuniões estratégicas no Palácio do Planalto, onde, em julho de 2022, discutiu com autoridades a permanência de Jair Bolsonaro no cargo, tecendo argumentações que evocavam o retorno a um cenário militar e a desestabilização da ordem democrática. Durante essas reuniões, ele afirmou a necessidade de agir rapidamente para evitar o colapso da ordem, sugerindo que uma intervenção antes das eleições poderia ser preferível a lidar com uma crise pós-eleitoral.

A situação gera um intenso debate na sociedade brasileira sobre os limites da atuação militar em questões políticas e a defesa da democracia em um cenário já tumultuado. O desdobramento do caso de Mário Fernandes será observado atentamente, uma vez que se desdobra em um contexto de crescente polarização política no Brasil, levantando questões sobre segurança, direitos civis e a integridade das instituições democráticas.