A Polícia Federal convocou o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, para prestar novo depoimento na próxima terça-feira (19), às 14h, na sede da PF em Brasília.

O advogado de Cid, Cezar Bittencourt, confirmou que a oitiva foi agendada nesta sexta-feira. O que chama atenção é que Mauro Cid será questionado sobre arquivos deletados, já que a PF conseguiu recuperar dados que foram apagados de dispositivos eletrônicos utilizados pelo ex-ajudante de ordens.

Segundo fontes do UOL, Bittencourt enfatizou que o depoimento servirá para "colmatar alguma lacuna que interessa à Polícia Federal". O advogado ainda adicionou que "a defesa está sempre disposta a colaborar com as investigações", demonstrando um posicionamento de transparência frente aos inquéritos.

Informações reveladas anteriormente indicam que Cid fez uma delação premiada, onde trouxe à tona detalhes sobre uma minuta de decreto que falava sobre um possível golpe. De acordo com o colunista Talento Aguirre, logo após a derrota nas eleições de 2022, Jair Bolsonaro recebeu de seu assessor Filipe Martins uma proposta de decreto para convocar novas eleições, cuja redação incluía a prisão de adversários políticos.

Jair Bolsonaro, supostamente, submeteu o conteúdo do documento a militares de alta patente. Cid afirmou que o almirante Almir Garnier, então comandante da Marinha, mostrou-se favorável ao plano golpista durante discussões informais, mas não conseguiu convencer o Alto Comando das Forças Armadas a apoiar a ação.

O cenário continua se desenrolando e as implicações dessa investigação podem afetar profundamente o cenário político brasileiro. A expectativa é alta para as novas revelações que poderão surgir a partir do depoimento de Cid.