
Pesquisa mostra: Lula lidera cenários de segundo turno, mas 62% acreditam que ele não deveria concorrer à reeleição
2025-04-03
Autor: Mariana
Uma recente pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas Genial/Quaest trouxe à tona opiniões divididas sobre o futuro político do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apenas 35% dos entrevistados acreditam que Lula deveria buscar a reeleição em 2024, enquanto 62% opinaram que ele não deveria tentar um novo mandato. Essa rejeição aumentou 10 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, realizado em dezembro, quando a desaprovação estava em 52%.
O estudo foi conduzido entre os dias 27 e 31 de março, com 2.004 pessoas em todo o Brasil. Durante a pesquisa, os participantes foram questionados sobre o que os preocupa mais: a continuidade de Lula na presidência ou o retorno do ex-presidente Jair Bolsonaro. A resposta revelou um empate técnico: 44% temem a volta de Bolsonaro, enquanto 41% estão preocupados com a possível reeleição de Lula.
A desaprovação do governo Lula aumentou para 56%, conforme os dados obtidos pela Genial/Quaest. É importante destacar que Jair Bolsonaro permanece inelegível até 2030, em decorrência de decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e enfrenta acusações sérias, como tentativa de golpe.
Sem a presença de Bolsonaro na corrida presidencial, os entrevistados apresentaram suas preferências para uma possível candidatura à direita em 2026. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lidera as citações com 15%, seguido por Michelle Bolsonaro (14%) e o influenciador Pablo Marçal (11%). Esses dados indicam uma disputa acirrada para o futuro da oposição.
Em um cenário de segundo turno, a pesquisa não apresentou testes para os candidatos do primeiro turno, mas dentre os nomes citados, 80% dos entrevistados se posicionaram como indecisos em suas escolhas. No entanto, se a disputa fosse entre Lula e Bolsonaro, a vantagem numericamente seria de Lula com 44% a 40%. Se Michelle Bolsonaro ou Tarcísio de Freitas fossem os adversários, Lula ainda assim se manteria à frente com 44% e 43%, respectivamente.
A rejeição dos candidatos também gera preocupação, com Lula e Bolsonaro empatando em 55% de rejeição entre os eleitores, enquanto Eduardo Bolsonaro é visto de forma negativa por 56% da população.
Quando questionados sobre sua afinidade partidária, 17% dos entrevistados se identificam com o Partido dos Trabalhadores (PT), enquanto apenas 8% citam o PL, do qual a família Bolsonaro faz parte. Essa polarização aponta não apenas para uma divisão entre os eleitores, mas também para um descontentamento geral com a política no Brasil, refletido no fato de que 62% dos entrevistados afirmaram rejeitar todos os partidos.
As dificuldades do governo Lula em manter apoio popular e as incertezas sobre a oposição desenham um panorama complexo para as próximas eleições. A pergunta que se coloca é: será que Lula conseguirá reconquistar a confiança da população ou novos líderes surgirão para desafiar o status quo?