Um Gigante do Passado Revelado!

As geladas águas da Antártica guardam segredos impressionantes sobre períodos antigos! Pesquisadores brasileiros fizeram uma descoberta que promete mudar nossa compreensão da vida marinha: o fóssil de um peixe desconhecido que viveu há mais de 66 milhões de anos!

O Estudo Revolucionário da UERJ e UFRJ

Em uma pesquisa ousada, cientistas da UERJ e do Museu Nacional da UFRJ, em parceria com a Ufes, identificaram um peixe do gênero *Antarctichthys longipectoralis*. Essa descoberta, publicada na revista *Scientific Reports*, sugere que a Antártica já foi um lugar de mares quentes e biodiversidade rica.

Exploração na Ilha James Ross

A coleta do fóssil ocorreu na Ilha James Ross, durante a expedição Paleoantar, no verão de 2018-2019. Com um tamanho entre 8 e 10 centímetros, o peixe tinha nadadeiras peitorais longas e peculiaridades que intrigam os especialistas.

Características Inusitadas

O *Antarctichthys longipectoralis* exibia nadadeiras longas e não possuía dentes. A análise revelou uma estrutura chamada conexão otofísica, relacionada à audição e ao equilíbrio. Essas características indicam que o peixe provavelmente se alimentava por filtração, extraindo nutrientes da água.

Tecnologia de Ponta na Pesquisa

Utilizando microtomografia computadorizada, os cientistas conseguiram produzir mais de 2.000 imagens em alta resolução, permitindo a reconstrução em 3D do peixe. Sem essa tecnologia avançada, a identificação da nova espécie não teria sido possível!

Mudanças Climáticas ao Longo dos Milênios

Essa descoberta também fornece pistas sobre o clima e a ecologia da Península Antártica no Cretáceo. Naquela época, a região não tinha a cobertura de gelo que vemos hoje e era composta por mares abertos, revelando uma biodiversidade impressionante.

Desafios de Uma Pesquisa Longa

Após cinco anos de pesquisa, marcada por desafios como o incêndio que devastou o Museu Nacional em 2018 e a pandemia de Covid-19, a equipe conseguiu superar as adversidades. A preservação excepcional do fóssil foi fundamental para que essa descoberta viesse à luz.

Um Olhar para o Futuro

Este achado não apenas revoluciona a paleontologia na Antártica, mas também enriquece nosso entendimento sobre a evolução marinha e as alterações climáticas ao longo dos séculos. Quem diria que o passado profundo do nosso planeta ainda guarda tamanhas surpresas?