
PCC: Foragidos da Megaoperação na Lista Vermelha da Interpol
2025-08-30
Autor: Maria
Onda de Foragidos e a Megaoperação
Duas figuras notórias do Primeiro Comando da Capital (PCC) foram incluídas na lista vermelha da Interpol. Mohamad Hussein Mourad, o "Primo", e Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como "Beto Louco", eram os líderes de um esquema de crimes relacionados ao setor de combustíveis e agora estão entre os oito foragidos da megaoperação.
A Ação da Interpol
A adoção da lista vermelha permite que esses criminosos sejam rastreados em 196 países membros da Interpol. Além do mais, essa iniciativa da polícia internacional visa aprimorar a cooperação entre os países na busca por foragidos.
Atualmente, a Interpol conta com 19 bancos de dados que colaboram com investigações policiais em nível global, abrangendo desde impressões digitais até documentos falsificados.
Contexto da Operação
A Policia Federal, responsável pelo pedido de inclusão na lista, investiga também um possível vazamento de informações que pode ter prejudicado a execução de mandados de prisão. Apesar de 14 ordens de prisão terem sido expedidas, apenas seis indivíduos foram detidos até agora.
Lista de Foragidos e Detalhes Identificados
Os principais foragidos incluem:
- **Mohamad Hussein Mourad** ("Primo", "João", "Jumbo") - apontado como o centro do esquema.
- **Roberto Augusto Leme da Silva** ("Beto Louco") - classificado como um dos principais colaboradores.
- **Daniel Dias Lopes** - considerado vital por suas conexões com distribuidoras de combustíveis.
- **Miriam Favero Lopes** - esposa de Daniel e sócia em empresas envolvidas.
- E outros quatro suspeitos cujos nomes ainda não foram revelados.
Uma Megaoperação Histórica
Na última quinta-feira, mais de 1.400 agentes participaram da operação batizada de Carbono Oculto, a maior já realizada no Brasil contra o crime organizado. Estima-se que o esquema tenha sonegado mais de R$ 7,6 bilhões em impostos, afetando gravemente o setor de combustíveis.
A ação se espalhou por oito estados e revelou uma rede de postos que fraudam combustíveis com produtos químicos importados de forma irregular. Estima-se que cerca de 30% dos postos de gasolina em São Paulo possam estar envolvidos.
Impacto Financeiro e Conclusão
A Receita Federal identificou também fundos de investimentos controlados pelo PCC, totalizando um patrimônio de R$ 30 bilhões, evidenciando a complexidade e o alcance do crime organizado no Brasil.
Essa megaoperação é um claro sinal de que as autoridades estão intensificando esforços para desmantelar redes criminosas e combater a lavagem de dinheiro no país.