Esportes

Payet se manifesta em apoio a Léo, ex-zagueiro do Vasco: "Ignorância e medo alimentam o racismo"

2025-01-26

Autor: Julia

O jogador Payet, em uma demonstração forte de solidariedade, publicou uma mensagem em suas redes sociais em apoio a Léo Pelé, ex-zagueiro do Vasco, que foi vítima de racismo durante uma partida. "Eu quero expressar todo o meu apoio ao meu irmão Léo Pelé neste momento difícil. Dizer não ao racismo é dizer sim à humanidade. A ignorância e o medo alimentam o racismo. Vamos combatê-los com educação e amor", escreveu.

Payet incluiu uma imagem importante que diz "Respeito e Igualdade", uma frase que já foi utilizada em um uniforme do Vasco na luta contra o racismo. O clube carioca possui um histórico de enfrentamento ao preconceito racial, que remonta à época dos Camisas Negras em 1923, um marco na luta pela inclusão e igualdade no futebol brasileiro.

No mesmo contexto, durante a noite de sábado, o Vasco também se posicionou firmemente contra os atos de racismo dirigidos a Léo. O clube publicou uma nota ressaltando a necessidade de investigação pelas autoridades e punição aos responsáveis pelo crime. Na nota, o Vasco reafirmou seu compromisso de 126 anos de luta contra o racismo e elitismo, afirmando categoricamente que não há espaço para preconceito no esporte ou na sociedade.

"O Vasco da Gama manifesta seu total repúdio aos atos de racismo direcionados ao atleta Léo durante a partida entre Coritiba e Athletico Paranaense. Exigimos a identificação e punição dos responsáveis por esses atos. Seguiremos firmes na defesa da igualdade, da justiça e da dignidade humana", destaca o comunicado.

Um vídeo perturbador que circulou nas redes sociais mostra um torcedor do Coritiba proferindo ofensas racistas contra Léo, chamando-o de "macaco" imediatamente após a expulsão do jogador. Os gritos de ódio são contundentes e expõem a triste realidade do racismo no futebol.

Léo, acompanhado por um segurança do Athletico, se dirigiu à Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe) no Couto Pereira para registrar um boletim de ocorrência sobre a agressão verbal, mas se deparou com a delegacia deserta após o final do jogo. O registro do boletim deve ser feito na segunda-feira.

Este triste incidente não apenas destaca a luta contínua contra o racismo no futebol, mas também serve como um chamado à ação para torcedores e clubes que devem se unir nesta batalha. A omissão frente a atitudes racistas não pode ser uma opção; todos têm o dever de erguer suas vozes e exigir um ambiente de respeito e igualdade no esporte.