Entendendo a Doença de Parkinson

A Doença de Parkinson, muitas vezes notada por seus tremores característicos, lentidão nos movimentos e rigidez muscular, é uma condição progressiva que se agrava com o tempo. O diagnóstico é clínico, uma vez que não existem exames específicos que possam detectar sua presença. Infelizmente, ainda não há cura, mas há esperança através de tratamentos que controlam os sintomas.

Tratamentos que Fazem a Diferença

No início do tratamento, são utilizadas medicações para suprir a falta de dopamina, além de fisioterapia e atividades físicas. Contudo, após cerca de sete a oito anos, as limitações funcionais começam a surgir, dificultando o dia a dia, especialmente para aqueles que precisam se manter ativos. Para esses pacientes, o neurologista Rubens Cury, do Hospital Israelita Albert Einstein, destaca a importância das terapias avançadas.

1. Estimulação Cerebral Profunda (DBS) - Uma Tecnologia Revolucionária

Com mais de 20 anos de sucesso, a Estimulação Cerebral Profunda (DBS) é uma técnica cirúrgica que oferece um controle impressionante dos tremores e da lentidão de movimentos. O processo envolve a implantação de eletrodos em áreas específicas do cérebro, conectados a um marcapasso que emite impulsos elétricos para regular os sinais que causam os sintomas. Uma das grandes vantagens é a possibilidade de ajustar a intensidade das descargas conforme a progressão da doença.

2. Ultrassom Focado de Alta Intensidade (HIFU) - A Revolução Não Invasiva

O HIFU é uma técnica inovadora que chegou ao Brasil com a promessa de controlar tremores com uma eficácia de cerca de 70%. O procedimento envolve o uso de um capacete especial em uma máquina de ressonância magnética e aplica ondas de ultrassom em áreas afetadas do cérebro. Esse tratamento minimamente invasivo resulta em uma lesão térmica controlada, com o paciente acordado e recebendo alta no mesmo dia. Embora não cure a doença, oferece uma melhora significativa nos sintomas.

3. Terapia de Infusão Dopaminérgica - Controle Contínuo dos Sintomas

Esta abordagem innovadora consiste na infusão contínua de medicamentos dopaminérgicos através de uma bomba subcutânea. É especialmente indicada para pacientes que vivenciam flutuações nos sintomas, alternando entre períodos de controle e crises. Embora aprovada nos EUA, essa terapia ainda aguarda regulamentação no Brasil. Os pacientes frequentemente relatam uma melhoria considerável na qualidade de vida com essa contínua administração.

Caminho à Frente

Embora a Doença de Parkinson ainda não tenha cura, as opções de tratamento disponíveis oferecem esperança e qualidade de vida aos pacientes. Com tecnologias cada vez mais avançadas, a medicina continua a desafiar os limites em busca de soluções que possam melhorar a vida daquelas pessoas afetadas por esta condição.