Recentemente, o mercado financeiro enfrentou uma intensa turbulência provocada por temores relacionados a uma nova inteligência artificial chinesa, cujo impacto foi tão devastador que as perdas nas ações americanas foram estimadas em valores que equivalem ao PIB da Arábia Saudita, que é de cerca de 1 trilhão de dólares.

Nesta terça-feira (28), parte dessas perdas começou a ser recuperada, com investidores aproveitando a queda para comprar ações de fabricantes de chips e fornecedores de energia, que foram os mais afetados. A ação da Nvidia, por exemplo, subiu 3% no início das negociações, após uma impressionante queda de 17% no dia anterior. A Constellation Energy Corp, que suprui energia para os data centers com alta demanda por energia, apresentou uma recuperação similar, avançando 3% após uma desvalorização de 21% na sessão anterior.

Embora a B3, a bolsa brasileira, possa parecer alheia a essa volatilidade, a ressaca provocada pelos eventos relacionados à inteligência artificial afetou fortemente ações de empresas locais. A WEG, uma renomada fabricante catarinense de motores elétricos e turbinas, teve uma queda drástica em seu valor de mercado, perdendo cerca de R$ 19 bilhões entre o fechamento da última sexta-feira e o momento em que suas ações atingiram o mínimo, ao meio-dia de ontem.

Estudos realizados por casas de análise e bancos já indicaram que o pânico em torno da WEG pode ter sido excessivo, uma vez que a exposição da empresa à tecnologia de IA é considerada baixa. Com isso, as ações da companhia começaram a se recuperar, apresentando uma alta de 1,89% às 11h30 de hoje.

A situação acendeu um alerta entre investidores e especialistas financeiros sobre a volatilidade do mercado e a necessidade de uma análise mais cuidadosa sobre como tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, podem provocar reações exageradas no mercado.

O futuro parece incerto, mas muitos estão acompanhando de perto os desdobramentos dessa história que promete abalar ainda mais as estruturas do mercado financeiro.